segunda-feira, novembro 21, 2011

Adele-One and Only

Falar para que, se eu um dia, posso tocar essa música?




You've been on my mind,
I grow fonder every day,
Lose myself in time,
Just thinking of your face,
God only knows why it's taken me so long to let my doubts go,
You're the only one that I want,

I don't know why I'm scared,
I've been here before,
Every feeling, every word,I've imagined it all,
You'll never know if you never try,
To forgive your past and simply be mine,

I dare you to let me be your, your one and only,
Promise I'm worth it,
To hold in your arms,
So come on and give me a chance,
To prove I am the one who can walk that mile,
Until the end starts,

If I've been on your mind,
You hang on every word I say,
Lose yourself in time,
At the mention of my name,
Will I ever know how it feels to hold you close,
And have you tell me whichever road I choose, you'll go?

I don't know why I'm scared,
'Cause I've been here before,
Every feeling, every word,
I've imagined it all,
You'll never know if you never try,
To forgive your past and simply be mine

I dare you to let me be your, your one and only,
I promise I'm worth it, mmm,
To hold in your arms,
So come on and give me a chance,
To prove I am the one who can walk that mile,
Until the end starts,

I know it ain't easy giving up your heart,
I know it ain't easy giving up your heart,
Nobody's pefect,(I know it ain't easy giving up your heart),
Trust me I've learned it,
Nobody's pefect,(I know it ain't easy giving up your heart),
Trust me I've learned it,
Nobody's pefect,(I know it ain't easy giving up your heart),
Trust me I've learned it,
Nobody's pefect,(I know it ain't easy giving up your heart),
Trust me I've learned it,

So I dare you to let me be your, your one and only,
I promise I'm worth it,
To hold in your arms,
So come on and give me a chance,
To prove I am the one who can walk that mile,
Until the end starts,

Come on and give me a chance,
To prove I am the one who can walk that mile,
Until the end starts.

fim do inverno

E quando o que parecia certo, já não o é mais, ainda exista uma chance de falar o sobre que ficou. Mas, diante do nada, é preciso buscar novos caminhos. Novos rumos. Novos conceitos. Redescobrir a si mesmo, e ao momento em que tudo se encontra. Perceber, sem se impor.


E então, um pouco de silêncio, um pouco de tédio, um pouco de mesmice. Um gosto amargo do que já foi visto. Uma música que não para de tocar.

Um pouco do olhar para o próprio pensamento, e para o próprio coração. Um pouco do tentar se entender. Para finalmente, reconhecer que absolutamente tudo o que se podia, foi feito. E que aquele sentimento, morreu, ficou enterrado em algum lugar distante. Virou pó.

Tudo, finalmente, se encaminha para uma nova estação.

quarta-feira, novembro 16, 2011

vento

Algumas vezes, precisamos do vento no milharal, para notarmos os caminhos entre ele.
Algumas vezes, precisamos do temporal afastando as nuvens, para olharmos o céu além delas.
Algumas vezes, precisamos da chuva, limpando o barro das janelas, para vermos através dos vidros.
Algumas vezes, precisamos do sol, iluminando as manhas, para reconhecermos formas e cores.
Mas algumas vezes, é tudo tão óbvio, que só não percebemos, por que temos receio demais de encarar o próximo passo, E aí, precisamos de nós mesmos. Precisamos olhar para dentro de nós, e esquecer um pouco a lógica. Precisamos nos permitir entender que viver feliz, é muito mais fácil do que parece.

segunda-feira, novembro 07, 2011

tempestades de verão

E então, de um momento para outro, o que estava sereno volta à confusão. E o que era euforia, volta à calma. Porque nada é tão certo que não mude. E nada é tão impassível de sentimentos, que não se abale a um movimento. E essa é a vida, cíclica e ligeira.

Fora de controle, por mais que tentemos mantê-la entre as mãos. Desejamos, acompanhamos, planejamos. Mas um simples passo para fora do caminho. Um simples encontro inesperado. Um simples olhar mais à direta... podem mudar tudo.

Afinal, quem está livre de se molhar com a chuva de verão?

sexta-feira, novembro 04, 2011

O muro nosso de cada dia...

Pessoas são como muros.
Pequenos, lembram muradas de casas de praia, ou cidades do interior. Baixas, pequenas, simpáticas. São muros, sim, mas quase acolhedores. Tudo pode ser vistos e descoberto por cima deles. Não comportam portões, são um convite para as pessoas entrarem, sem muito acanhamento. E ainda assim, parecem uma forte proteção. Definem os limites de espaço, aquilo que pode ou não ser invadido.
Quando pequenos, pequenas muradas protegem. E formam uma insegura sensação de proteção. Confortante. E confortável.
E a vida passa. E essas muradas, que já não são mais tão baixas, começam a ser modificadas. O vento vai batendo. Areia, maresia, chuva. E muito sol. Em alguns casos, a murada cresce, se transforma em um pequeno muro. Ainda baixo, é verdade. Mas já não tão simpático.
Portões, mais cimento, arame farpado. Pichações.
Pessoas, são como muros.
Ao longo da vida, criam suas próprias formas de se proteger, proteger seus espaços internos, pensamentos. Sua alma. Tornarem-se menos expostas, menos devassáveis, menos transparentes ou evidentes. Mostrarem menos do terreno e mais do que o guarda.
Pessoas sinalizam cachorros e câmeras de segurança que nunca existiram, só para afastar outras pessoas. Por que fica cada vez mais difícil mostrar o que, realmente, se é. Mostrar como, realmente, se pensa. Cada vez, é mais fácil mostrar o que os outros pedem para ver, do que a verdadeira vulnerabilidade que se encerra atrás de uma fachada. Quanto mais o tempo passa. Mais as pessoas transformam seus muros em fortalezas de seguranças.
Pessoas, são como muros. Mas seus muros, são bem mais difíceis de demolir. E acompanham o proprietário... mesmo quando ele vende a casa.

domingo, outubro 30, 2011

Adele-ouvindo hoje, muito



Cold Shoulder


You say it's all in my head
And the things I think
Just don't make sense
So where you been, then?
Don't go all coy
Don't turn it round on me
Like it's my faultSee I can see
That look in your eyesThe one that shoots me
Each and every time

You grace me
With your cold shoulder
Whenever you look at me
I wish I was her
You shower me with words
Made of knives
Whenever you look at meI wish I was her

These days, when I see you
You make it look
Like I'm sight-through
Do tell me why You waste our time
When your heartAin't in it
And you're not satisfiedYou know
I knowJust how you feel
I'm starting to find myself
Feeling that way too

You grace me
With your cold shoulder
Whenever you look at me
I wish I was her
You shower me with words
Made of knives
Whenever you look at meI wish I was her


Time and time again
I play the role of fool(Just for you)
Even in the daylight
When you came in(I don't see you)
Try to look for things
I hearBut our eyes never find'
Though I do know how you play

You grace me
With your cold shoulder
Whenever you look at me
I wish I was her
You shower me with words
Made of knives
Whenever you look at meI wish I was her

queria escrever um conto...

Confusa. Ambivalente. Angustiada.
Essas palavras poderiam me descrever. Mas eu não sei por que estaria assim. Talvez, exatamente, por não estar entendo muito bem tantos pensamentos, e sentimentos, que passam pela minha mente.
Talvez por desejar reverter algumas coisas que são irreversíveis. Por não ter dado passos que dei, ou dito coisas que disse. E que podem ter machucado pessoas, que claramente, não são aquilo que me pareceram em algum momento.
Explicar isso, ou entender, é o que não estaria, ainda, claro nem para mim... precisaria bem mais que um post. Precisaria de uma conto.

terça-feira, outubro 04, 2011

quarta-feira, setembro 14, 2011

Pescador de ilusões

Muita gente estranha, quando digo que adoro o Rappa. Mas é uma paixão daquelas inexplicáveis, como tantas na minha vida...
Em novembro, eles estão aqui... não sei quem me acompanha. Mas eu quero ir!

segunda-feira, setembro 12, 2011

I´m free to be whatever I choose



Whatever Oasis

I'm free to be whatever I, whatever I choose,
And I'll sing the blues if I want.
I'm free to say whatever I, whatever I like,
If it's wrong or right it's alright.

Always seems to me
You only see what people want you to see.
How long's it gonna be?
Before we get on the bus and cause no fuss.
Get a grip on yourself, it don't cost much.

Free to be whatever you, whatever you say,
If it comes my way it's alright.
You're free to be wherever you, wherever you please,
You can shoot the breeze if you want.

It always seems to me
You only see what people want you to see.
How long's it gonna be?
Before we get on the bus and cause no fuss.
Get a grip on yourself, it don't cost much.

I'm free to be whatever I, whatever I choose,
And I'll sing the blues if I want.

Here in my mind, you know you might find.
Something that you, you thought you once knew.
But now it's all gone, and you know it's no fun.
Yeah, I know, it's no fun. Oh, I know it's no fun.

I'm free to be whatever I, whatever I choose,
And I'll sing the blues if I want.
I'm free to be whatever I, whatever I choose,
And I'll sing the blues if I want.

Whatever you do, whatever you say,
Yeah, I know it's alright.
Whatever you do, whatever you say,
Yeah, I know it's alright.

quinta-feira, setembro 08, 2011

Mendoza, guardada no meu coração!

Escrevi esse texto em 2008. Hoje, vi que o blog foi acessado por ele, reli e me deu um grande aperto no coração. Parecia que eu estava sentada em um daqueles restaurantes espetaculáres, tomando um vinho especialíssimo de lá. As boas lembranças são coisas que ninguém nos tira. E que voltam, sempre que queremos.
Aqui, uma ótima lembrança. Das poucas que ficou. E que eu quero reviver, sozinha, ou com alguém especial, de verdade!
Que Mendoza aconteça, novamente.

Mendoza, parte 3: inspiração

Falar que Mendoza é uma cidade que inspira é quase desnecessário. O que se esperaria de um local famoso por produzir vinhos é romantismo.? Famoso por ser uma das mais belas cidades da América do Sul?
Por isso chegar lá e perceber que a cidade está cheia de turistas não me surpreendeu. O que me surpreendeu foi perceber que os turistas não “incomodam” a rotina bucólica da cidade.

E por isso, ao chegar lá, tivemos mais que uma recepção simpática e calorosa. Tivemos dias repletos em uma cidade que inspira todos os sentidos. As bodegas (ou vinícolas) são um convite para aguçar o olfato e o paladar. E em muitas, os olhos também. Uma profusão de aromas e sabores que toma conta da gente (e quando forem bem aproveitados tornam o passeio um momento de pleno envolvimento com um mundo novo). O céu é de um azul intenso. Em muitos momentos não é possível identificar em que pedacinho daquele azul queremos nos perder. As montanhas têm colorações e texturas tão diferentes e fortes que estimulam os olhos e a imaginação, mas apenas cercam a cidade, que é plana e por isso permite longas e deliciosas caminhadas. As árvores cercam a cidade de verde. E os dutos com água dos Andes tornam o ar seco agradável. Os sabores são espetaculares! O melhor da cidade, eu acho. Sabores que ficam guardados em uma lembrança que continua aqui. Como se eu tivesse voltado de lá ontem.

Mendoza estimula o romance por estimular os sentidos de quem ama. E estimula o romance por ter tudo o que os amantes precisam: apenas a sutileza de mencionar as entrelinhas do romance. Mas também estimula aquilo que quem viaja sozinho gostaria de encontrar em uma bela cidade. Por que recebe muito bem todos os amantes: amantes da arte e da beleza. Amantes dos sabores. Amantes da natureza. Amantes da gentileza. E isso tudo faz de Mendoza uma cidade plena. Uma cidade que inspira!

olhando pros outros também

Relacionamentos são complicados. E delicados. Relacionamentos em gerais. Famílias, amigos, profissionais, e claro, amorosos.
E haja terapia, ou análise, para resolver os problemas que nos causam os comportamentos que temos por sermos inseguros, e por não nos conhecermos (e não sabermos conhecer os outros). Haja auto conhecimento para justificar que algumas pessoas não conseguem se colocar no lugar das outras. Haja paciência para entender que tem gente que só se preocupa consigo mesmo e não consegue ser feliz se alguém estiver um pouco mais feliz.
Enquanto algumas pessoas olham apenas para seus próprios umbigos, outras olham demais para a necessidade dos outros e pouco para as suas. Egoísmo, ou a falta de amor próprio, são extremamente destrutivos para as relações. Uns não conseguem ir além de um determinado ponto, não sabem se doar. Outros, não sabem deixar a pessoa livre, por não se considerarem suficientes.
Eu, sinceramente, tenho me desapontado, muito, com muita gente. E, para completar, percebo que por mais que eu olhe para dentro de mim mesma, para me cercar de pessoas em quem eu realmente confie, terei, cada vez mais, que ficar refratária à certo tipo de pessoas. E isso é difícil para mim, que adoro agregar tudo e todos.
Mas aí, já é outra etapa do processo...

terça-feira, setembro 06, 2011

O Sol

Véspera de feriado, com um sol lindo e caloroso que me abraça!



Ei dor...eu não te escuto mais,
Você, não me leva a nada.
Ei medo...eu não te escuto mais,
Você, não me leva a nada.
E se quiser saber pra onde eu vou,
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou,
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou

Ei dor...eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
Ei medo...eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou

Yeah
Caminho do sol baby
Lalalalala
Caminho do sol baby

E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou

Lalalalalalala
É pra lá que eu vou
Lalaralara
Onde tenha sol, é pra lá que eu vou

quinta-feira, setembro 01, 2011

Chega de saudade...



Vai, minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz lhe numa prece que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade, a realidade
É que sem ela não há paz, não há beleza
É só tristeza, e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai
Mas se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços os abraços
Hão de ser milhões de abraços apertado assim
Colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
De viver longe de mim
Não quero mais esse negócio
De você viver assim
Vamos deixar desse negócio
De você viver sem mim

analisando...

Olhar para si mesmo não é algo fácil. Dói, dá trabalho, constrange. Mas é o primeiro grande passo para que possamos mudar profundamente. Ou ficar de bem com aquilo que somos.
Eu resolvi, há algum tempo, recomeçar a olhar para mim. Depois de anos de terapia, optei por algo que sempre me assustou: fazer análise. Acreditei que apenas com uma percepção mais profunda poderia perceber as coisas que me atrapalham, bloqueiam e desviam do que eu acredito querer. E, confesso, é um processo muito mais complicado do que eu imaginava. Mas revelador.
Ontem, com muito pesar, ouvi uma das constatações que mais me foram sofridas. “Estás refratária, não permites que as pessoas se aproximem além de um limite que crias. Quando percebes que estás realmente envolvida, crias situações de afastamento e crise.” E eu não esperava me perceber assim, nunca me senti assim. Justo eu, que sempre achei que buscava o contrário? Mas eu realmente crio empecilhos, problemas, confusões para todas as coisas que ultrapassam um limite de proximidade. Afasto pessoas e situações que me aprisionam. Meus amores, são verdadeiramente compelidos, quando ultrapassam um limite de intimidade. E eu me protejo de tudo aquilo, ou aquele, que se aproxima mais verdadeiramente do meu coração. Que pode ver minha alma como ela é. Sofro e machuco. A mim, e aos outros. Rechaço quando devia aproximar. E nem percebo que faço isso.
Quando me arrependo, e percebo meu boicote, já é muito tarde. Já atropelei tudo o que podia. Já criei uma situação irreversível.
Então, eu fico cada vez mais antiaderente. E cada vez menos envolvida com as coisas. Felizes aqueles que puderam ver, e entender, meu coração. Ele é bonito no meio de tanta confusão. Infeliz de mim, que afastei pessoas e situações por ter esse medo apavorante. Por que eu estou apenas descobrindo como não fazer isso...

segunda-feira, agosto 29, 2011

Clarice e eu.

"Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdôo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre."

Clarice Lispector escreveu, e eu me enquadrei.

Eu sou assim, meio doce meio amarga. Tudo depende do que. Tudo depende de quem. E assim como magoo, esqueço. Assim como me magoam, perdoo. Poucas coisas, poucas marcas, se prosperam por tanto tempo que eu não consiga apagá-las.
Por que guardar, quando temos tanto para acertar?
Se eu grito, brigo, xingo, é por que no fundo, tanta intensidade me apavora. E se fujo, é por que ainda não descobri como ficar, sem transbordar meus sentimentos confusos e irriqueitos.
Mas esqueço. E por tanto esquecer, por tanto apagar, recomeço a cada dia uma nova caminhada. Até o momento, em que eu sentir, que é hora de parar.

Fernando Pessoa

"Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente!
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-as.
Se perder um amor, não se perca!...
Se o achar, segure-o!
Circunde-se de rosas e ame...
O mais é nada".

quinta-feira, agosto 25, 2011

tudo de bom, que se pode ter...

E de repente, hoje, sem mais nem menos, acordei de bem comigo, com a vida, com as coisas que estão acontecendo. E eu nem sei por que, já que meus problemas seguem os mesmos, e seguem insolúveis. Mas a sensação que eu tive, ao olhar pra rua pela manhã, foi boa, e consoladora. Um sentimento de fé, de plenitude. E de que as coisas podem até não se resolverem, ou mudarem. Podem nem mesmo andar no ritmo em que eu quero. Mas apesar delas, tudo pode ser melhor. Eu devo estar aberta e pronta para que tudo o que depende de mim, se encaminhe bem.
Afinal, sofrer com as coisas imutáveis da vida não vai alterar seu status. Melhor, então, se permitir receber o que vem de bom. Com a alma aberta e um sorriso no rosto!

quarta-feira, agosto 24, 2011

E então, Caio escreveu as palavras que Eu não conseguia escrever...

Eu queria te contar que não dói mais. Só que agora não importa tanto o que você vai pensar sobre isso.

Queria que você soubesse que já vi nossos filmes milhares de vezes e nem chorei. Ok, chorei. Mas pelo filme, e não por você. Queria que você soubesse que tirei a poeira das nossas músicas, e que as ouço quase todos os dias. Porque elas me faziam mais falta do que você fez.

Os nossos lugares não são mais nossos. Eu já voltei lá com outras pessoas, e escrevi lá outras histórias... Eu estou aprendendo a tocar violão. E a primeira música que toquei foi aquela música que era uma espécie de hino pra nós dois. Ela é tão linda...e sim, ela continua sendo muito nossa e lembrando demais você. Mas ainda sim, não dói.

Você não pergunta essas coisas, mas sei que gostaria de saber. Porque te conheço. E isso não mudou. Do mesmo jeito que adivinhei as coisas ruins que você aprontaria, eu sei as coisas boas que ficaram aí em você e te fazem lembrar de mim.

Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás.

(Então eu pego o passado, e transformo em poesia-ou-coisa-assim.)
Caio Fernando Abreu

terça-feira, agosto 23, 2011

Onde eu possa plantar meus amigos, meus discos (meus bichos), e livros... e nada mais!

Casa Arrumada

Casa arrumada é assim:

Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:

Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo?
Está na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...

Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias.
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela
E reconhecer nela o seu lugar...

Carlos Drummond de Andrade


segunda-feira, agosto 22, 2011

um jeito doce de (me) dizer a verdade



Perdendo Dentes- Pato Fu, em música de brinquedo

Pouco adiantou
Acender cigarro
Falar palavrão
Perder a razão

Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém

Acho que eu fico mesmo diferente
Quando eu falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou
Eu uso as palavras de um perdedor

As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei

As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci

Pouco adiantou
Acender cigarro
Falar palavrão
Perder a razão

Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém

Acho que eu fico mesmo diferente
Quando eu falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou
Eu uso as palavras de um perdedor

As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei

As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci

As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei

As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci

quinta-feira, agosto 18, 2011

Fernando Pessoa

A morte chega cedo,

Pois breve é toda vida

O instante é o arremedo

De uma coisa perdida.

O amor foi começado,

O ideal não acabou,

E quem tenha alcançado

Não sabe o que alcançou.

E tudo isto a morte

Risca por não estar certo

No caderno da sorte

Que Deus deixou aberto.

depois do nada

Eu temo a morte. Não a minha, essa seria um ponto final diante de tantas interrogações. Mas, eu temo a morte. A morte de pessoas amadas. Morte inexplicada, inevitável,inesperada.


Eu temo a escuridão que surge diante desta expectativa. O medo próximo a essa realidade. Eu temo minhas reações, próximas a esse sentimento. Eu temo não saber como reagir ao que vem depois. Depois da ausência. Depois da perda. Depois da dor.

Eu temo por mim, pela saudade que vou sentir. Pelas reações que vou ter. Temos pelas perdas que me perseguem desde cedo. Desde sempre. E que são cada vez mais próximas a mim. Estão cada vez mais avizinhadas à minha casa, ou ao meu coração.

segunda-feira, agosto 15, 2011

Sim, eu ainda me choco. Mas também acredito!

Imagine morar com alguém há 5 anos. Ser pedida em casamento, ter planos de formar uma família... Combinar uma mudança de cidade, junto a essa pessoa. Viver em meio a atitudes que mostram, por muito tempo, planos de vida conjunta, que criam expectativas, que geram laços, que ampliam vínculos...

Imagine essa relação finalizar, então, surpreendente e abruptamente, de uma forma fria e distante. Uma conversa unilateral, sem abertura para questionamentos. Apenas com afirmativas e imposições. Imagine receber o e-mail dizendo: “Eu não quero mais. Desculpe, mas não posso. Eu não consegui te falar”. E a vida de uma pessoa, estar virada de pernas para o ar, em poucos minutos.

Algumas coisas machucam. Doem. Traumatizam. O final de um relacionamento, desta forma, encabeça essa lista. Como isso é conduzido pode fazer com que as pessoas saiam muito mais feridas, de todo um processo que é naturalmente pesado.

Como o medo, a fraqueza, a falta de coragem, podem ser maiores do que a lealdade e respeito? Maior do que a consideração por alguém, com quem se viveu e construiu uma história por tanto tempo? O que faz uma pessoa escrever ao invés de falar, nessa situação? Achar que a outra merece tão pouco? Preferir à distância ao mínimo de afeto que poderia restar?

Mais do que isso, eu questiono: o que há com as pessoas, que não tem mais coragem de enfrentarem seus problemas? De superarem obstáculos? Passarem por cima de traumas? Pessoas que ignoram que sempre haverá problemas e questionamentos, para ficarem juntas? O que há com as pessoas, que acham mais fácil se desentenderem, do que entender o que se passa com o outro? Do que se colocar um pouco no lugar de outra pessoa, do que ceder? O que há com as pessoas, que acham que sentimentos são descartáveis, e que a vida, os amores, podem ser comprados em cada esquina, como latinhas de cerveja, ou maços de cigarros? O que tornou tudo tão pequeno, tão fútil, tão vazio?

Vendo essas relações virando tão superficiais, quero saber se algum dia terei meu “amor numa boa, de gente fina elegante e sincera”. É tanta desilusão e tristeza, que vejo nesse mundinho cão, que me questiono se isso tudo passará. E, se ainda encontraremos uma cura, para a frieza que toma conta de tanta gente. Para esse medo de amar e sofrer.

E olha que eu quero muito acreditar! Por que sofrer de amor, ainda é melhor que não vivê-lo.

Mínimo Ajuste: um blog para mil talheres

Aos meus amigos que passeiam por aqui, e gostam de compartilhar as minhas emoções do dia-a-dia, tenho novidades.
Afinal, eu sou às vezes ardida, às vezes quente, às vezes calmante. Como toda pimenta deve ser... (tudo de acordo com a forma como é usada...). Agora acompanho novas receitas, e aprendo a usar minha própira pimenta de outras formas.
Isso porque, Ardida como Pimenta, foi convidada a fazer parte de um blog coletivo. Mais de 50 blogueiros reunidos em um único endereço da blogsfera. E nada como estar com outras pessoas, para trocar e aprender!
Espero, que quem me acompanha por aqui, goste desta experiência, e do que vai encontrar por lá. ~São blogueiros com paixão por uma coisa em comum: compartilhar!.
Visite O Mínimo Ajuste: http://minimoajuste.blogspot.com/. Agora eu também estou lá!

Meu espelho

Retrato - Cecília Meireles

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?

quinta-feira, agosto 11, 2011

Curativos

Algumas coisas na vida parecem não tomar o rumo que deveriam, não ser como gostaríamos. Ou simplesmente não acontecem no momento certo. E nós acreditamos tanto naquilo, que abrir mão é um processo duro, e demorado.

E nos processo de separação o desgaste cega. A emoção pode ser grande amiga. E a razão uma boa conselheira. Desde que andem de mãos dadas, sem trilhar caminhos separados. Mas quando estamos magoados, ou com medo, ou ainda com fortes sentimentos por alguém, tendemos a usar apenas um deles. Racionalizamos para dizer que não serve. Ou sentimentalizamos para nos posicionar como magoados.

Mas as razões de as coisas não darem certo podem ser tantas... Tão diversas. E parece difícil realizarmos o que realmente acontece, o que sentimos. Pode ter sido por não estarmos prontos para a carga emocional de uma relação verdadeira. Ou por não termos condições de nos doar como precisemos para o outro. Ou simplesmente por não conseguirmos dar mais do que receber, em algum momento. Ou por que estivéssemos sem condições de confiar, ou mesmo de sermos fiéis a alguém ou a nós mesmos. Pode ser que nosso foco, naquele momento não fosse a relação. Por alguma razão, não funcionou, mesmo que quiséssemos muito.E podemos deixar pessoas que nos são muito preciosas saírem da nossa vida, mesmo desejando tanto que tivesse sido diferente.

Pessoas mudam, porém. Com com dor, com saudades, com percepções, com aprendizados. Ou simplesmente porque a vida é um ciclo. E ninguém quer permanecer parado ou igual. E as coisas mudam tanto, que essas pessoas que se perderam podem até se permitir e recomeçar a escrever lindas páginas. Podem se conhecer, outra vez.

Mas quando isso não acontece, o tempo é o maior de todos os amigos. E ele, com certeza, passa.

sexta-feira, agosto 05, 2011

um pouco de alma nova...

Janelas abertas em um dia de sol. Isso abre também a mente, as ideias, o coração.

Me inspira a olhar para dentro de mim mesma, e a resgatar coisas, afetos, memórias que talvez eu nem lembrasse onde estavam guardados.

Vontade de mudar, ou até de continuar a mesma, apenas aparando arestas. Vontade de deitar no sol. Vontade de comer bergamotas e tomar chimarrão. E de cantar. Vontade de sentir o que eu nem sei o que é. De apenas sentir, sem pensar. Vontade de sair sem rumo. De dirigir sem rumo. Ou de ser uma passageira sem rumo, de alguém que saiba muito bem aonde quer me levar. Vontade apenas de ser, sem consequências ou medo. Sem balanças.

Vontade, de algo novo, ou algo velho, com gosto de novo. Vontade de algo que seja verdadeiro. Sincero. Honesto. E que me faça sorrir, e me permita dar uma boa gargalhada de felicidade!

Deveria ser tão simples. Mas os dias de sol andam raros por aqui.

terça-feira, agosto 02, 2011

se hoje não fosse hoje...

Tem dias em que a gente só quer fazer aquilo que vem à mente. Especialmente se o que a mente pensa, não é exatamente o padrão, o certinho, o que normalmente se espera de nós.
Eu, hoje, gostaria que fosse sexta. Desejaria não ter hora para acordar amanhã, nem para dormir hoje. Só para não precisar me preocupar com reuniões, horários, ou com como estarei. Eu hoje, só gostaria de pensar nas minhas vontades, nos meus desejos. E aí, certamente poderia fazer aquilo que realmente estou com vontade de fazer...
E fecharia minha noite com chave de ouro. Sem nada para reclamar.

sexta-feira, julho 29, 2011

o mimo do Quintana

DO AMOROSO ESQUECIMENTO

Eu agora - que desfecho!

Já nem penso mais em ti...

Mas será que nunca deixo

De lembrar que te esqueci?

(Mario Quintana - Espelho Mágico )

Relendo...

Há alguns anos atrás, por uma indicação (e curiosidade, confesso) peguei um livor de Rubem Fonseca pela primeira vez: Diário de um Fescenino.
Agora, muito tempo depois, releio. E como em um filme, os detalhes que escaparam em um primeiro momento são impressionantes. Mas de forma diferente, na leitura, a imaginação corre solta, a reconstrução do livro é feita de uma maneira incrível. Especialmente por que as cenas do fescenino puderam ser amadurecida pelo passar do tempo.
Recomendo, para quem já leu, esta sensação. E o livro, que é uma boa leitura.

'Decidi, neste primeiro dia do ano, escrever um diário. Não sei que razões me levaram a isso. Sempre me inte­ressei pelos diários dos outros, mas nunca pensei em es­crever um. Talvez depois de considerá-lo terminado -quando?, que dia? - eu o rasgue, como fiz com um romance epistolar, ou o deixe na gaveta, para, depois de morto, os outros - nem sei quem serão, pois não tenho herdeiros - resolverem o que fazer com ele. Ou, en­tão, pode ser que eu o publique.

"O bom diarista", disse Virginia Woolf, "é aquele que escreve para si apenas ou para uma posteridade tão distante que pode sem risco ouvir qualquer segredo e corretamente avaliar cada motivo. Para esse público não há necessidade de afetação ou restrição." Não me imporei restrições, porém sei que estarei sendo influen­ciado de várias maneiras, ao considerar a hipótese de ser lido pelos meus contemporâneos. Os autores de diá­rios, qualquer que seja sua natureza, íntima ou anedóti­ca, sempre escrevem para serem lidos, mesmo quando fingem que ele é secreto. 0 Samuel Pepys, que codifi­cou o seu diário, deixou pistas para ser decifrado.'

quinta-feira, julho 28, 2011

novidades no forno.

Tirando do forno um novo projeto. Daqueles que se emplacarem, vão além da diversão. Está ficando lindo! E está me dando a maior alegria em me envolver. Por enquanto, o único investimento é tempo, e coração. Mas eu confesso, conto os minutos para que ele dê retorno. E aí sim eu precise investir bem mais do que isso.
Eu e minha sócia!
Curiosos? Assim que ficar pronto, posto aqui um convite para vocês!

segunda-feira, julho 25, 2011

e como....



All I Want Is You- U2

You say you want diamonds on a ring of gold
You say you want your story to remain untold.
All the promises we make
From the cradle to the grave
When all I want is you.

You say you'll give me a highway with no-one on it
Treasure, just to look upon it
All the riches in the night.

You say you'll give me eyes in the moon of blindness
A river in a time of dryness
A harbour in the tempest.
All the promises we make, from the cradle to the grave
When all I want is you.

You say you want your love to work out right
To last with me through the night.

You say you want diamonds on a ring of gold
Your story to remain untold
Your love not to grow cold.
All the promises we break, from the cradle to the grave
When all I want is you.

sonho ou realidade?

As mãos, solitárias, que seguem teu contorno.

Desenham as formas.

A mente, irrequieta, que imagina teu cheiro.

Desvenda os mistérios.

A boca, saudosa, que sente teu gosto.

Desliza em tua pele.

O corpo, intenso, que busca teu calor.

Sente teu corpo.

Os olhos, sonhadores, que devaneiam em tuas imagens.

Permitem a ilusão.

E tanta vontade, tanto ardor, tanta ansiedade,

Recomeçam a cada noite,

Mantendo tua presença em mim.

Resgatando teu toque.

Trazendo tua presença de volta.

Tentando te manter em mim.

Assim: vivo, intenso, inteiro.

Até o raiar do dia.

Até não mais distinguir a ilusão da realidade.

Até não mais precisar parar.

Até não mais saber onde começa e onde termina.

Até tudo, ser apenas um.

sábado na cozinha

Cozinhar é uma das minhas grandes paixões. Especialmente, se houver um público curioso, e faminto, que tope experimentar o que eu estiver disposta a testar.
Não tem muito mistério. Bons ingredientes, temperos dosados, pimenta e sal na medida. E sempre a bebida correta para acompanhar. E junto a isso, uma companhia especial, ou amigos divertidos. Sábado, foi um dia de amigas divertidas.
Nos reunimos para uma cozinha “a quatro mãos”. Enquanto a Angelina, que faria a picanha, foi surpreendida e teve que fazer uma massa com molho vermelho e a entrada, eu me dedicava aos conchigliones recheados com mussarela de búfala e com molho apimentado. Criação nova, para um grupo de amigas ansiosas. Foram 2 pacotes de massa, para 5 mulheres, e não sobrou uma conchinha para contar a história. Satisfação total para a chef! Confesso, ficou excelente, e eu dificilmente digo isso em uma estreia.
O desafio agora é já pensar em uma nova idéia, já que a dupla, Nigella (Angelina desempenhou brilhantemente o papel de se virar nos 30) e Rita Lobo (adorei a brincadeira), assumirá as caçarolas, muito em breve, novamente.
Superar esse sábado, é que será tarefa difícil.

quinta-feira, julho 21, 2011

Neruda

Querer

Não te quero senão porque te quero
E de querer-te a não querer-te chego
E de esperar-te quando não te espero
Passa meu coração do frio ao fogo.
Te quero só porque a ti te quero,
Te odeio sem fim, e odiando-te rogo,
E a medida de meu amor viageiro
É não ver-te e amar-te como um cego.
Talvez consumirá a luz de janeiro
Seu raio cruel, meu coração inteiro,
Roubando-me a chave do sossego.
Nesta história só eu morro
E morrerei de amor porque te quero,
Porque te quero, amor, a sangue e a fogo.

ainda não é agora...

A proposta que eu tanto queria chegou. Mas não me bancou! Pelo menos não lá, na cidade linda, que eu amo e desejo. Então continuamos as duas, vivendo essa relação de amor platônico, essa paixão mal resolvida, essa conquista que não evolui. Ela lá e eu aqui.
Pelo menos as cidades crescem, explodem, ampliam, mas continuam ali, quietinhas nas mesmas localizações geográficas. Quem sabe, meus planos sejam apenas prorrogados, não cancelados?!!!
Dia ou outro estaremos as duas, juntas e enamoradas, sem essas mágoas do tempo e da distância, andando juntas, em um caloroso momento de sol.

segunda-feira, julho 18, 2011

devaneio

Eu te desejo, mas não te toco.
E se te toco, não te sinto.
E se te sinto, não te ouço.
E se te ouço, não te tenho.
E se tenho, bem, se te tenho então, finalmente posso realizar o quanto tua ausência me machuca.
E se te tenho, percebo o quanto me atordoa não estar contigo.
E se te tenho, posso então, finalmente, te resgatar de volta para mim.
E te desejar, te tocar, te sentir, te ouvir. E te ter, mais e mais, novamente.

sexta-feira, julho 15, 2011

Descobertas e mais descobertas:

- Sim, eu sofro de depressão sazonal.
- Sim, eu seria mais feliz em uma cidade quente e ensolarada.
- Sim, bastou esquentar e aparecer um sol no céu para eu olhar minhas tantas postagens, rodeadas de depresseão e tristeza, e me perguntar quem é essa que assumiu meu corpo.
- Sim, eu adoro sextas-feiras.
- E sim, adoro sextas-feiras sem precisar trabalhar até altas horas.
- Sim, eu sinto que, se o final de semana continuar assim, eu estarei totalmente feliz.
- Sim, eu nasci com o coração pedindo para viver ocupado e a mente (ou consciência???) pedindo para esquecer de ser lembrada.
- E sim, quase mais importante de todas, eu sou cada vez mais seletiva ao escolher as pessoas que me rodeiam, e talvez, mas só talvez, por isso hoje eu esteja me sentindo tão mais feliz do que ontem!

quinta-feira, julho 14, 2011

tentando só apagar



Erase and Rewind- The Cardigans

I don't wanna feel like this
I don't want to, I don't want to
I don't wanna freak you out
But I think I might've said too much

Didn't mean to, didn't mean to
Think I might've said it's you
And I guess I should leave this behind
Guess I should erase and rewind

Somehow I can't seem to stay away
I don't wanna sound desperate, but I am
So say that you'll come around
Guess I should erase and rewind

And I don't wanna stand in line
Like I used to, like I used to
I don't wanna have to scream and shout
Cause I'm the kind of girl that sticks
Like a tatoo, like a tatoo
Yeah, I'm the kind of girl who wears it all

And I guess I should leave this behind
Guess I should erase and rewind
Somehow I can't seem to stay away
I don't wanna sound desperate, but I am
So say that you're gonna come around
Guess I should erase and rewind

You never do return my calls
It`s like we never met at all
No matter what
I'll always I'll wait for you
I'll wait for you
I'll wait for you

I don't wanna feel like this
I don't want to, yeah

And I guess I should leave this behind
Guess I should erase and rewind
Somehow I can't seem to stay away
I don't wanna sound desperate, but I am
So say that you're gonna come around
Guess I should erase and rewind

And I guess I should leave this behind
Guess I should erase and rewind
Somehow I can't seem to stay away
I don't wanna sound desperate, but I am
So say that you're gonna come around
Guess I should erase and rewind

Eu senti... e senti... e senti...

Em alguns momentos da vida, precisamos dar um basta a nós mesmos. Ao que sentimos. Dizer que chega de sofrer, chega de esperar, chega de desejar. Não que a mente, faça o coração serenar. Mas pode convencê-lo, dia após dia, a diminuir a intensidade dos pensamentos.E pensar menos naquilo (ou naquele), que nos causa dor e expectativas, é um alívio para o coração. Imaginar menos aquilo (ou aquele) que não nos corresponde. Que não nos retribui.
Funciona? A Grande maioria das vezes não funciona verdadeiramente, profundamente. Mas acalma. Aplaca a sensação de vazio. E aos poucos remonta para uma vida de mais paz do que de ansiedade. De mais busca do que espera. De mais descobertas do novo, do que de resgates do que não volta.
E assim a vida se reestrutura, diariamente, sem tanta ternura, mas com mais realismo. Por que seguir sentindo, nem sempre é seguir feliz.

segunda-feira, julho 11, 2011

um pouco tarde pra isso

Como alguém se acha no direito de, assim de repente, ressurgir do nada e cutucar as nossas lembranças mais íntimas? Como alguém acredita que fazendo isso, poderá apagar o tanto que machucou e magoou uma pessoa? Como alguém acredita que sem conversas, sem explicações, agindo como adolescente, pode fazer outra pessoa se tornar um também?
As pessoas não são marionetes nas mãos umas das outras. Tem sentimentos, lembranças e alma. E mais do que isso, querem ser levadas a sério e priorizadas. Querem se sentir importantes. E quando sabem que não o são, não vem mais ao caso o que o outro diz, por que as atitudes valerão sempre mais do que mil palavras.

sexta-feira, julho 08, 2011

Todo o amor que houver nessa vida

Existe um tipo de sentimento que é todo demais. Intenso demais, profundo demais, arrebatador demais. Paixões (ou amores) que são como um vulcão entrando em erupção. Explodem e envolvem com suas labaredas e lavas tudo o que está ao redor. São quentes. Envolventes. Marcantes. E tem lindas imagens.

Mas também queimam. Profundamente. E deixam cinzas e marcas por onde passam. Cinzas daquelas que todos veem. E cinzas invisíveis. Pequenas fuligens voadoras, que corroem a fuselagem do dia-à-dia. E que depois de tanta intensidasde, deixam um rastro de nada. Para cada um dos envolvidos.

Eu não quero isso para mim. Não quero essa intensidade que acaba de uma hora pra outra, sem explicações, nem lógica. Nem esse gostar que não serena nunca. Não quero a inquietude de não saber como sentir. Ou o medo constante de perder.

Eu quero “a sorte de um amor tranquilo”. Que desperte a paixão, sem derrubar. Que dê frio na barriga, sem matar. Eu quero sentir o perfume, lembrar da voz, visualizar os traços, perceber o gosto. Quero aproveitar os momentos juntos, sentir a ausência. Eu quero o equilíbrio entre o arroubo e a calma... E saberr aproveitar cada momento, como só ele pode ser.


Cazuza

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós dois, na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia...
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno anti-monotonia...

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio
O mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente, não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria...

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E algum veneno anti-monotonia...

quarta-feira, julho 06, 2011

essa é a minha vida...

Dizem por aí que depois da tempestade, vem a bonanza. Será mesmo?

Bom, a minha vida sempre foi mais de tempestades. E de dramas! Muitos é claro, criados por mim mesma. Romântica, inveterada, aprendi a duras penas que a vida das novelas é muito diferente da vida real. Finais felizes não existem, pois a gente quase nunca chega ao final. Vive-se o hoje, o aqui e o agora. Quando amanhã começa, é na verdade, um novo hoje. E eu estou entendendo isso, um pouco mais a cada dia. Sabendo lidar um pouco mais com minhas emoções, e colocando uma pitada de racionalidade nelas. Por que não adianta se deixar levar pelos sentimentos. Mas também não se pode passar a vida tentando ouvir apenas a voz da razão. É a mistura de tudo, um pouquinho de cada coisa, que nos ajuda a chegar ao equilíbrio.

E, se não somos felizes 100% das vezes, podemos ao menos tentar sê-lo a maioria do tempo que conseguirmos. Aproveitarmos o hoje, valorizando o que e quem está conosco, ao invés de ficar olhando pra trás, ou pra frente, procurando quando fomos mais felizes, ou quando poderemos ser.

E é essa vida, a que está ao meu alcance, que eu tenho começado a descobrir melhor. Entendo o equilíbrio das coisas, dos outros, e especialmente o meu. Por que de comercial de margarina, e de final feliz de novela, até a televisão já está cheia...

terça-feira, julho 05, 2011

O estranho da vida

A vida é engraçada. Ou estranha. Eu prefiro esta última palavra, hoje.

É possível estar lá, sentada no local menos provável do mundo, e ao teu lado aparecer uma pessoa muito interessante que te chama a atenção. E essa pessoa pode ter diversas características que, normalmente, não te despertariam uma atração maior... ou que,teoricamente, seriam vistas em outros momentos, como impeditivos para tua aproximação, mas ainda assim, continuar sendo totalmente interessante.

Essa mesma pessoa pode ter uma maneira de falar, e gesticular, e argumentar, tão atraente (e sim,extremamente interessante), que cerceie os teus argumentos, te faça sentir meio boba... Ou pode ainda, ter o dom raro de te fazer “baixar a guarda” (e o jeito meio furioso também). E isso tudo é bom.

Então, o estranho da vida, é que se essa pessoa é assim, tão interessante tu podes (e deves), por um pequeno espaço de tempo, que seja, te permitir experimentar e descobrir até onde isso te leva. Por que assumir os riscos pode ser perigoso. Mas deixar de viver é ainda mais...

sábado, julho 02, 2011

Fito Paez- Te vi (un vestido y un amor)...

De uma hora para outra, eu simplesmente, te vi...



Te vi... juntabas margaritas del mantel
Ya sé que te traté bastante mal,
No se si eras un angel o un rubi
O simplemente te vi.

Te vi, saliste entre la gente a saludar
Los astros se rieron otra vez, la llave de mandala se quebró
O simplemente te vi.

Todo lo que diga está de más,
Las luces siempre encienden en el alma
Y cuando me pierdo en la ciudad, vos ya sabés comprender
Es sólo un rato no más, tendría que llorar o salir a matar.
Te vi, te vi, te vi... yo no buscaba nadie y te vi.

Te vi... fumabas unos chinos en madrid
Hay cosas que te ayudan a vivir
No hacías otra cosa que escribir
Y yo simplemente te vi.
Me fui... me voy, de vez en cuando a algun lugar
Ya sé, no te hace gracia este país...
Tenías un vestido y un amor...y yo simplemente te vi.

Todo lo que diga esta de mas,
Las luces siempre encienden en el alma
Y cuando me pierdo en la ciudad,
Vos ya sabés comprender... es sólo un rato no más,
Tendría que llorar o salir a matar...
Te vi, te vi, te vi... yo no buscaba nadie y te vi.

domingo, junho 26, 2011

Samba da Benção



Cantado

É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração

Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão, não se faz um samba não

Falado

Senão é como amar uma mulher só linda
E daí? Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão

Cantado

Fazer samba não é contar piada
E quem faz samba assim não é de nada
O bom samba é uma forma de oração

Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não

Falado

Feito essa gente que anda por aí
Brincando com a vida
Cuidado, companheiro!
A vida é pra valer
E não se engane não, tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado embaixo: Deus
E com firma reconhecida!
A vida não é brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher à sua espera
Com os olhos cheios de carinho
E as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida
Como no seu samba

Cantado

Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não

Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração

Falado

Eu, por exemplo, o capitão do mato
Vinicius de Moraes
Poeta e diplomata
O branco mais preto do Brasil
Na linha direta de Xangô, saravá!
A bênção, Senhora
A maior ialorixá da Bahia
Terra de Caymmi e João Gilberto
A bênção, Pixinguinha
Tu que choraste na flauta
Todas as minhas mágoas de amor
A bênção, Sinhô, a benção, Cartola
A bênção, Ismael Silva
Sua bênção, Heitor dos Prazeres
A bênção, Nelson Cavaquinho
A bênção, Geraldo Pereira
A bênção, meu bom Cyro Monteiro
Você, sobrinho de Nonô
A bênção, Noel, sua bênção, Ary
A bênção, todos os grandes
Sambistas do Brasil
Branco, preto, mulato
Lindo como a pele macia de Oxum
A bênção, maestro Antonio Carlos Jobim
Parceiro e amigo querido
Que já viajaste tantas canções comigo
E ainda há tantas por viajar
A bênção, Carlinhos Lyra
Parceiro cem por cento
Você que une a ação ao sentimento
E ao pensamento
A bênção, a bênção, Baden Powell
Amigo novo, parceiro novo
Que fizeste este samba comigo
A bênção, amigo
A bênção, maestro Moacir Santos
Não és um só, és tantos como
O meu Brasil de todos os santos
Inclusive meu São Sebastião
Saravá! A bênção, que eu vou partir
Eu vou ter que dizer adeus

Cantado

Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não

Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração

sábado, junho 25, 2011

brincando de ser gente grande

A vida, às vezes, pode parecer uma brincadeira de ciranda... crianças dando voltas belas, cantando e dançando, aproveitando ao máximo o ritmo das músicas.
Outras vezes, pode parecer uma brincadeira de esconde-esconde... crianças ansiosas, esperando que um sinal mostre aonde procurar.
Às vezes, a vida é simplesmente uma mãe, contando ao filho uma estória... que ele não consegue acompanhar.
São tantos os momentos em que nossas vidas se assemelham às situações da infância, que poderia ser muito mais fácil tomarmos controle dela. Bastaria comparar com o que teríamos feito, quando era apenas uma brincadeira...
Mas levamos tudo tão a serio... que esquecemos da leveza e da beleza. E acabamos estragando mais, magoando mais, e vivendo menos.

domingo, junho 19, 2011

dias turbulentos

Depois de passar a maior parte do meu final de semana dentro de em um hospital, hoje as coisas começam a parece se encaminhar a normalidade. Exames e diagnósticos mais positivos, acalmando a todos nós. A preocupação diminui e já sei que o sono poderá chegar normalmente.
Um filme acompanhado de tacinha de vinho e uma janta feita por mim é tudo que eu preciso para relaxar a mente e me aprontar para o dia de amanhã. Ficar pronta para o dia em que passo de prontidão, e durmo no hospital. E quem sabe, o dia das boas perspectivas.

sexta-feira, junho 17, 2011

aprendendo sempre

Para Ana, foram dias intensos. Apaixonados. Repletos de promessas e juras de amor. Ele a fazia acreditar que a amara, ainda, durante todo aquele tempo. Que não conseguira esquecê-la. Por um momento, eles estavam ali, unidos novamente. Eram o casal de antes, com a mesma troca, os mesmos objetivos, os mesmos desejos. Parecia que o tempo não tinha passado. Para Ana, Ele continuava intenso. E estava inteiro com ela.
As combinações foram muitas. É claro, que ela sabia que das tantas promessas, algumas eram fruto da empolgação dEle. Mas acreditava que outras eram, realmente, entrega. Precisavam de um resgate real, desta oportunidade, para reiniciar tudo novamente.
Mas Ele sumiu. Não teve “bala” para assumir as próprias palavras e demonstrações. Ele agiu como Ana nunca imaginou que ele pudesse agir. Um calhorda. Um medroso. Um idiota. Agiu como um homem qualquer, não como o homem que Ele era para ela.
Em pouco tempo o êxtase daquele momento se transformou em uma lembrança. Tanto amor virou questionamento. Ausência. Uma série de descobertas. Descobertas que mudariam a situação do que viveram. Os afastariam novamente. Eles não voltariam a ser um, apenas voltariam a ser estranhos. Soube tantas coisas sobre o novo Ele. Tantas coisas que a deixariam tão desapontada e chocada, que preferia ainda ter ilusão. Ana não conhecia mais esse homem. Não conhecia o homem que ao se sentir infeliz, fazia os outros infelizes também. E nem pensou em poupá-la desse drama todo.
Ela descobriu, com muita mágoa, que fora apenas uma das tantas traições dele. Apenas uma. E soube que, se naquele momento, Ele desejou resgatar tudo entre os dois, foi apenas por se deixar levar por um momento de felicidade. Também soube que dias depois Ele já voltara a agir com racionalidade e frieza novamente. Ana descobriu que aquele homem com quem vivera, aquele homem que amava tanto, não existia mais, ou ao menos não queria mais existir. Transformou-se em uma pessoa que ela não reconhecia. Alguém vivendo de aparências, e faz-de-conta, para convencer os outros daquilo que não conseguia convencer a si mesmo.
Ela chorou, sofreu, se perguntou o porquê de acreditar em tantas palavras e promessas daquEle homem que tanto amou. Mas Ana levantou a cabeça, e percebeu que o que precisava era dar um passo de cada vez. Olhar para os lados, para frente, não mais para trás. Agora ela sabia que poderia começar algo novo e sincero, ao invés de se prender a algo que seria unilateral.
Ela superará, e será feliz. Mas desta vez, sem as falsas esperanças dele.

quinta-feira, junho 16, 2011

Apegada

Fiquei alguns dias longe do meu blog. Sem postar, sem visitar, sem olhar estatísticas. Sem visitar os blogs amigos que tanto gosto. Férias, de tudo. De mim, inclusive.
Bom. Bom para pensar, repensar, concluir. Trabalhar pelo meu objetivo de trabalho e pelo meu objetivo pessoal. Férias para me encontrar.
Passou praticamente uma semana e nem senti.
Agora pela manhã sentei aqui, com saudades dessa minha casa com janelas para o mundo. E da minha vizinhança com janelas ainda mais amplas. Tão gostoso poder passear sem hora para voltar. Poder ler e reler textos (e seus tantos contextos). Poder dar um olá pros tantos queridos que tenho. Sentir como ainda sentimos tantas coisas intensas, e deixamos de sentir ou mostrar (seria demonstrar?) tantas outras.
Perceber como me ajudo ao escrever, a mim mesma, a ver a cada dia um mundo um pouco mais com a minha cor, às vezes mais cinza é verdade. Mas quase sempre com o meu colorido. E essa é a grande graça de tudo isso.

Eu quero ter um milhão de amigos....

As redes sociais viraram uma febre nos nossos dias. Ou pelo menos nos meus. Nos primeiros dias das minhas férias, eu não olhei e-mails, nem abri o Messenger. Mas não desconectei do Facebook. E aproveitei para acompanhar alguns twiteiros e entender um pouco mais sobre o porquê de ter criado uma conta por ali...
Estou cada vez mais certa de que com as ferramentas, divertidas e práticas, que a web nos disponibiliza, fica fácil, estar perto de pessoas que antes não estariam conosco. Ter muitos amigos virou clichê. E é simples entender o porquê desta aproximação a um click. É muito mais fácil compartilhar a informação com um amigo com quem nos sentimos em dívida, do que levantar um telefone para pedir desculpas. É muito mais prático mandar uma mensagem por FB do que ligar. É muito mais interessante mandar um tweet para todos, do que igitar e-mail um a um.
Esses movimentos geram aproximação. E quando ela é verdadeira, no dia-a-dia, se vê o resultado prático. Caso contrário, pode-se chegar facilmente à sensação de ter-se um milhão de amigos... só não garanto que se vá ter a boa sensação de cantar a música!

domingo, junho 12, 2011

Já festejei...

Dia 12 de junho. Dia dos namorados. Dia de estar com aquela pessoa especial, amada e que troca conosco os melhores momentos da vida.
Será?
Hoje, homenageio o oposto disso...aquela pessoa que promete, e não cumpre. Que te faz desisitir de estar enamorado no dia 12. Que trai o sentimento do amor, e da confiança. Não por preferir estar com outra pessoa, mas por vulgarizar as palavras que deveriam ser tão especiais e sinceras entre duas pessoas.Aquele que faz o dia dos namorados ser muito mais divertido com os amigos!
E não é dor de cotovelo não. Por que ontem, a comemoração foi com samba no pé, cerveja e muita risada. Sem tempo pra lamentar nada mais que o término do show!



Chora, não vou ligar
Chegou a hora
Vai me pagar
Pode chorar, pode chorar (mas chora!)
É, o teu castigo
Brigou comigo
Sem ter porquê
Eu vou festejar, vou festejar
O teu sofrer, o teu penar

Você pagou com traição
A quem sempre lhe deu a mão

La laia, la laia
La la la

quinta-feira, junho 09, 2011

pedido a um médico...

A medicina evolui em diversos aspectos. Hoje, é possível enviar e-mails para um médico, com nossos resultados de exames. É possível trocar torpedos com ele, para adequar a dosagem de uma medicação. É possível fazer, por telefone, uma breve consulta (e sim, até uma sessão rápida de terapia).
Mas todas essas facilidades são para aproximar e criar um elo ainda mais fáctil na relação médico-paciente. Não para substituir consultas, muito menos para criar um nível de intimidade tal, que se esqueça que há de um lado o profissional de outro o paciente.
Hoje, após ouvir leitura de e-mail, enviado por um médico à seu paciente, me perguntei o quanto alguns destes profissionais estão pouco preparados para este tipo de celeridade e proximidade, com as novas formas de contato.
Falando a respeito do resultado de alguns exames, não consigo parar de me questionar sobre o que leva um profissional a ter tão pouco tato e cuidado com seu cliente final. E nem falo mais em paciente, e sim na pessoa em que pode divulgá-lo para outras pessoas. Ver um médico, teoricamente um profissional que com mais de 8 anos de formação, que tem prática hospitalar de contato com pacientes (e neste caso, anos de consultório), iniciar seu e-mail falando: "não só seus exames estão ruins, sua....esta detonada" e que a pessoa talvez tenha que tomar novos remédios, e que marque com ele o mais breve possível, me fez perceber que há profissionais que não só descuidam com o quanto deixam a pessoa vulnerável e fragilizada, como também mostra sua falta de cuidado com quem entrega sua vida à eles.
E faz com que eu me pergunte: numa situação destas, não seria muito melhor uma tradicional consulta, com entrega e análise de exames? Muito melhor garantir ao paciente que se sinta bem atendido, confortado e sim, devidamente cuidado, por um médico.
Srs. médicos, um pedido, se não sabem como atender com cuidado, à distância, mantenham a fórmula convencional. E ainda que saibam, usem os modernos meiso de comunicação, para facilitar, não para atender seus pacientes. Facebooks, twiters, blogs, e-mails são muito práticos e divertidos. Mas na medicina ainda não substiruiram a sua presença!

vivendo a vida dos outros

chegando em casa de uma noite de diversas situações surreais. situações que só pude acompanhar à distância.
casais apaixonados, demonstrando os mais intensos sentimentos. casais confusos, tentando descobrir o quanto valeria viver uma reaproximação. casais, que nunca foram casais, apenas fizeram de conta. e tantas pessoas tentando entender e situar sua solidão.
quem, como nós, estava fora de todas as situações, só podia agradecer por ser observador dessas verdades, ou inverdades, alheias. poderiam ter sido as nossas.
por sorte, naquele instante, eram apenas as vidas dos outros. vidas alheias que nos tornavam meros expectadores, que nos faziam rir (ou sorrir) por momentos intermináveis, enquanto internamente pensávamos: será que esta cena, não reprisaria um pouco do meu filme diário?

quarta-feira, junho 08, 2011

Fernanda Abreu... ouvindo agora!

Li por aí...

"Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas."

Adorei este pensamento de Voltaire.
Se penso existo, se pergunto, estou fazendo girar esse monte de massa cinzenta, criando situações, oportunidades, estabelecendo objetivos, driblando situações.
Mas por favor, me julguem por esses meus tantos questionamentos! E se algumas vezes eu não sei bem o que digo... me ajudem a ter respostas que, se não forem inteligentes, pelo menos sejam coerentes.

terça-feira, junho 07, 2011

e para terminar bem o dia...

Uma deliciosa taça de vinho, acompanhada dessa versão cheia de bossa de Dream a Little Dream of Me, com Zélia Duncan



Afinal, de que adiantam as reflexões e questionamentos do meio do caminho, se não pudermos aproveitar os minutinhos de intervalo para nos deliciarmos com a vida?

looking forward

Eu sempre amei a Cidade Maravilhosa... e muito pensei que minha vida aconteceria lá.

O tempo passou. E o desejo de viver um amor pelo “menino do Rio” foi atropelado pela vida. Eu me apaixonei por outras coisas. Criei uma vida. Amei. Achei que construiria minha história com alguém. Errei. Bati com a cabeça. Cresci.

As coisas mudaram, se transformaram, e minha paixão por aquele Cristo continuou quietinha, escondida.

Hoje, nesta fase de desencontros em que eu me encontro, tentando cicatrizar tantos machucados e reescancarar tantas janelas, parece mais fácil encontrar oportunidades para uma nova vida na Terra da Garoa, ou até em algum mercado Europeu, bem longe daqui.

Como se tudo conspirasse para deixamos nossos desejos ainda menores do que nós. E para empurrar a linda terra das calçadas douradas, o beijo azul que eu tanto adoro ainda mais para o longe.

Mas só se eu não esgotar as possibilidades que eu tenho. Só se eu continuar sem aprender que, é o meu medo de pedir ajuda, que pode atrapalhar a minha própria felicidade. Que se eu não esgotar todas as possibilidades, não tenho como dar o próximo passo.

Sampa...

segunda-feira, junho 06, 2011

Seria fugir?

A confusão tem habitado meu coração. E minha mente. Uma porta que estava bem fechada foi chutada com muita força. E eu juro, estou tentando fechá-la novamente. Mas é difícil conseguir fazer isso, não é mesmo? Principalmente, se eu deixei que esse chute fosse dado.


E gostei, senti um ar fresco entrando. Um cheiro de lavanda purificando o ar e trazendo novidades. Um frescor de renovação que entrou quando a porta se abriu.

Só que nem sempre as coisas podem ser como queremos, sentimos ou esperamos. Por as coisas desta vida não dependem de nós. Para uma decisão ser tomada, para uma mudança ser feita, precisamos andar em sintonia com outros. E por mais que eu tenha sentido esse frescor, eu não sei se ele tem força para criar um novo começo.

Eu tenho me perguntado mudanças radicais significariam fugir. Se, ir embora, deixar as coisas para trás, seria esconder sujeira embaixo do tapete. Por que eu tenho medo de continuar presa ao perfume da lavanda, à sensação de frescor, que tanto me alegra. Medo de esquecer de continuar minha caminhada. De me prender à esperança. Ou de virar as costas para isso cedo demais para o que houve.

Temo ir embora deixando, lembranças para trás, por considerar esse um jogo jogado. Mas ficar resolveria? Não será hora de fazer as malas, mudar de casa, de cidade, de estado? Talvez até de país. Mudar! Tentar esquecer com os olhos e a mente, o que o coração talvez não esqueça. Experimentar o novo. Novos trabalhos e oportunidades, novas pessoas, novos rumos.

Recomeçar, assim, seria fugir?

Chico... o meu amor!

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele inteira fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada, ai
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes, ai
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me deixar maluca quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba malfeita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita, ai
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa, ai
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
 

Cecília Meireles

"É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.

É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.

O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.

O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.

O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence."


"Se você errou
Se você errou, peça desculpas

É difícil perdoar?
Mas quem disse que é fácil se arrepender?

Se você sente algo diga
É difícil se abrir
Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?

Se alguém reclama de você, ouça
É difícil ouvir certas coisas
Mas quem disse que é fácil ouvir você?

..."

domingo, junho 05, 2011

Medo de ter dado um passo em frente cedo demais.
Medo de ter olhado para trás tarde demais.
Medo de ter mudado, sem que ninguém perceba.
Medo de ter mudado, e ser outra apenas quando não tenho medo.
Medo de que todos percebam, menos quem eu tanto quereria.
Medo de que tanto, em tanto, tenha sido à toa.
Medo de tudo. Medo de nada.
Medo de que todos entendam.
Medo de que todos saibam.
Menos eu...

Paulo Amaral expondo

Eu digo que não precisamos entender a técnica de arte para distinguir e entender uma boa obra. Basta apreciar o belo e saber olhar para o artista e sua alma.

As 12 telas de Paulo Amaral, em sua exposição Städte, comprovam minha teoria.

Até por que eu não sou grande entendedora de arte, e assumo isso. Mas sempre admirei os trabalhos do Paulo. Muito cedo, me apaixonei por uma serigrafia dele: a porta de uma tradicional residência em Montevideo, muito bem escolhida e posicionada na casa dos meus pais. Mas eu não tinha, nem tenho uma tela dele. Ainda.

Por essas razões surpreendentes da vida, eu tive o privilégio de conhecer o Paulo e compartilhar da convivência com ele e com minha querida amiga Ana Paula. Eles nos fazem sentir como poucas pessoas sabem fazer. Estar com eles, é como estar em casa! O Paulo cozinha deliciosamente bem, e os dois estão sempre de braços, e coração abertos para os amigos. Estar na casa deles é estar em um ambiente em que arte, boa comida e vinho, risadas e conversas sobre os bons assuntos da vida se misturam. Estar ali me permitiu entender porque tão cedo comecei a gostar da obra do Paulo. Boas pessoas emocionam. E sabem explicitar essa emoção. De diversas formas. Com arte, no caso do Paulo Amaral.

Estar na abertura de uma exposição dele, depois desta convivência, deixou o momento mais especial!É claro que olhei cada uma das telas expostas com todo carinho que tenho por este casal, e pelo artista, que tanto admiro! Mas eu não estava sozinha. E minha acompanhante na exposição é alguém que entende de arte. E ela, sem suspeição, se impressionou muito com os toques do artista nas telas.

Ali, expostas na galeria Paulo Capelari, as cores, a composição de imagens, as sombras, criadas por Paulo Amaral formam uma mistura encantadora, tocante e profunda, deste experiente artista - um dos imortais da Academia Brasileira de Belas Artes - e desta pessoa tão especial.

As 12 telas, pintadas em acrílico, podem ser admiradas (e adquiridas) por quem entende, gosta, tem curiosidade, aprecia ou por quem, como eu, apenas sabe que a arte é uma das janelas da alma.

A exposição está belíssima. E mostra que Paulo, depois de algum tempo sem mostrar suas telas ao grande público, estava guardando obras tocantes para nós.

Vá conferir!

sexta-feira, junho 03, 2011

Zeca Baleiro - Alma Nova - ouvindo, sempre!


Como a alma entra nesta história, afinal, o amor é tão carnal?
...
Calma alma minha, calminha...  você tem muito que aprender!

obrigada por ter me perguntado... e me ouvido!

Eu disse não, quando devia dizer sim.
Eu não deveria ter deixado aquele avião partir sem mim. Eu sei.
Só que algo me prende aqui. Algo que está dentro de mim.. e que precisa se resolver.
E o que é a vida, sem decisões que foram perdidas, sem passos que não foram dados? E o que somos nós, sem aprendermos com isso, sem nos permitirmos retomar aquilo que pode nos fazer bem; e perdoar o que nos fez mal? Sem olharmos para trás, e percebermos que algo pode nos fazer mais feliz, mesmo que isso signifique resgate? Quem somos, se não aprendermos que que fugir não é viver?
O que somos nós, se não entendermos que nada é definitivo; e que todo dia, podemos ter a chance de revermos um passo dado em falso. Ou uma atitude precipitada...

Obrigada por, mesmo de longe, continuar assim, tão perto. E por entender o que se passa, aqui, comigo!

quinta-feira, junho 02, 2011

amigos, amigos e amigos

Uma semana atrás, eu entrava na casa da Dani e pensava: nunca mais sentirei a mesma coisa ao estar nesta nesta sala. Sempre teriei a nostalgia de uma lembrança ao voltar aqui. Como podemos fantasiar tanto assim?
Ainda bem que a fantasia e a realidade nem sempre se comunicam!
Ontem, reunida na casa da Dani com os amigos Marcelo, Luciano, Juliano e Sergio para uma degustação de quiches  (feitas por mim, claro) tive certeza disso.Eu, nunca imaginei que em tão pouco tempo, minhas lembranças daquela sala seriam tão leves.
Piada, risadas, forno dando baile em 4 marmanjos, sarcasmo típico do Sergio e por fim, um delicioso jantar fizeram com que eu me sentisse renovada e pronta pra outra. Ou quase!
Nada como bons amigos para nos mostrarem que os dias começam e terminam. E se não estão bem, sempre, sempre podem ficar!
Meninos, Dani, obrigada por mais uma deliciosa e divertida noite! E que venham as próximas!

quarta-feira, junho 01, 2011

eu e eu mesma

Quase um ano sem saber o que dizer. Nem como. E de repente, ando com uma vontade louca de escrever, falar, berrar, contar, cantar, chorar... Extrapolar sentimentos. Mas não consigo!
Sentimentos adormecidos, que eu jurava ter esquecido.
Sentimentos que meu racionalismo tinha soterrado.
Sentimentos que eu não me permitia mais sentir.
Ou aqueles sentimentos, que Lulu Santos canta: "tudo que cala fala mais alto ao coração"
E que, por isso mesmo, eu sei, hoje, são sentimentos que ainda existem. Por que são medo e desejo, feitos de silêncio e sons, coisas que eu não sei dizer. E que me deixam sem palavra, são vozes que cantam o amor sem dizer tudo que querem. Mas que estão ali. Que existem. Por maior que seja esse silêncio.
E se pela primeira vez eu me sinto feita dessa grande ausência de sons e  de palavras, dessa certeza que não consegue ser expressa... É por que eu, finalmente, sei que esse último ano me ensinou muito mais do que eu esperava.

terça-feira, maio 31, 2011

Vinícius diria isso????

Esses poemas estão rolando pelo facebook. Não sei se Vinicius escreveria sobre signos. Mas gostei do meu. E preferi postar aqui. Menos lugar comum.

As mulheres de Vinícius de Moraes

O que é que brilha sem Ser ouro?

A mulher de touro!

É a companheira perfeita

Quando levanta ou quando deita.

Mas é mulher exclusivista

Se não tem tudo faz a pista.

Depois que dona de casa...

E a noite ainda manda brasa.

saudosismo



Meu amor juro por Deus
Que a luz dos olhos meus
Já não pode esperar

Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus
Sem mais la ra ra ra...

segunda-feira, maio 30, 2011

Será que eu já disse isso, e não lembro?

Parafraseando a fala final do episódio 22, temp. VII, Greys Anatomy:

"There's a reason I said I'd be happy alone. It wasn't 'cause I thought I'd be happy alone. It was because I thought if I loved someone, and then it fell apart, I might not make it. It's easier to be alone. Because what if you learn that you need love? And then you don't have it? What if you like it? And lean on it? What if you shape your life around it? And then... it falls apart? Can you even survive that kind of pain? Losing love is like organ damage. It's like dying. The only difference is... death ends. This? It could go on forever."


sexta-feira, maio 27, 2011

If you want more love... why don´t you say so...

just say so...

um passo por dia

Minha mãe sempre me ensinou que quando um dia "é de muito" o outro "é de nada". Levei muitos anos para entender o que ela tentava me ensinar.
A verdade, é que em alguns dias, ficamos eufóricos, animados, soltos. Acreditamos que tudo é possível. Acreditamos no outro, em nós mesmos, nas forças do universo, na convergência de todas as energias... E esse é o dia de muito. Muita coisa boa, muita expectativa, muita adrenalina. Muito de tudo.
Só que na vida real, a gente tem que colocar tudo na balança. Analisar, entender, e pensar um pouco mais na gente mesmo.
E quando isso começa a acontecer, aí fica tudo tão mais difícil... É o momento de baixar toda essa euforia e ler as entrelinhas. Acalmar, serenar e pensar no tudo que se construiu para estar como estamos.
Estou nesse dia nada. Pensando no que tenho construido de verdade para mim. Pensando como gente grande.
Eu não quero mais esperar pela ação e iniciativa dos outros. Eu quero viver o que eu acho certo. E se tiver que ser um dia de cada vez, pelo menos eu possa saber qual o ritmo e o que esperar. E que não serei eu a me machucar, mas sim a ditar as regras!
Que existam dias de tudo, não dias de muito e outros de nada!

pra ser sincero, eu fui sincero demais


um dia desses, num desses encontros casuais, talvez a gente se encontre. talvez a gente encontre explicação...


e eu que falei nem pensar, coração na mão como refrão de um bolero, eu fui sincero como não se pode ser...

quinta-feira, maio 26, 2011

Musica falando por mim

Lenha... Zeca Baleiro

Eu não sei dizer

O que quer dizer
O que vou dizer
Eu amo você
Mas não sei o quê
Isso quer dizer...

Eu não sei por que
Eu teimo em dizer
Que amo você
Se eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer...

Se eu digo: Pare!
Você não repare
No que possa parecer
Se eu digo: Siga!
O que quer que eu diga
Você não vai entender
Mas se eu digo: Venha!
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender
Mas se eu digo: Venha!
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender...

Eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer
Eu amo você
Mas não sei o quê
Isso quer dizer...

Eu não sei por que
Eu teimo em dizer
Que amo você
Se eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer...

Se eu digo: Pare!
Você não repare
No que possa parecer
Se eu digo: Siga!
O que quer que eu diga
Você não vai entender
Mas se eu digo: Venha!
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender...

Mas se eu digo: Venha!
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender...

O que pode acontecer?

Eu sempre acreditei mais em energia do que em acaso... e tembém sempre acreditei que quando duas pessoas são ligadas, unidas, nada pode mudar isso.

Não tem tempo, pessoas, distância, trabalho que possa fazer duas pessoas conectadas se desligarem. Elas podem até se perder. Podem até se considerar afastadas. Mas em um momento, em um toque, em uma pequena palavra, toda aquela energia que as uniu uma vez pode voltar. E aí, o que pode acontecer, só depende delas. E do que estas pessoas considerarem mais importante manter em jogo.

quinta-feira, maio 19, 2011

Quero descer, e agora!

Semana complicada. Bem complicada.

Eu só queria poder parar de girar e descer. Sentar num cantinho e observar de longe tudo o que acontece.

Se age, é por que se precipitou. Se não age, deixou o mundo girar sem se manifestar. Se fala, foi grosseira. Se não fala, submissa. Qual é? Não é mais fácil dizer de uma vez o que está incomodando e o que precisa ser melhorado?Assim as coisas começam a ficar tão difíceis, tão complicadas e delicadas que a motivação das acaba.

E como me disse uma colega: "o stress, pânico e a neura se tornam tão habituais, que parece normal viver assim e não se incomodar mais com isso".

Mas eu não sei se quero as coisas desse modo. Não sei se não preciso parar um pouco, olhar pra mim mesma e descer do trem. Agora...

segunda-feira, maio 16, 2011

Amor incondicional!

Sábado, nossa pequena Chacha se foi. Linda, com 5 anos, não resistiu a um problema congênito que estava estabilizado há 4 anos. Durante uma transfusão de sangue, o coraçãozinho dela parou.
Amor incondicional de uma cachorrinha linda, carinhosa e cheia de um jeito especial de encher de alegria os dias de toda a minha família. Tu vai sempre nos deixar saudades pequena!

terça-feira, maio 10, 2011

Julieta Venegas- Lymon e Sal

Amanhã e quinta Julieta Venegas fará show no Teatro do Bourbon Country. Desde que o show confirmou eu ouço e ouço e ouço... E são muitas músicas graciosas que ela canta.

Mas estou "perdidamente apaixonada" por limão e sal: Tenho que confessar que as vezes não gosto do seu jeito de ser, logo desaparece sem eu saber por que.

Quando tocar no show, eu quero estar num daqueles momentos sem cliente, sem damanda, sem banda... só olhando, sentindo, curtindo!



Tenho que confessar
que às vezes não gosto da sua forma de ser
Logo você desaparecee
eu não entendo muito bem porquê


Você não diz nada romântico
Quando chega o entardecer
Fica com um humor estranho
Com cada lua cheia do mês

Mas a tudo mais supera
o bem que voce me faz
Só de te ter por perto
Sinto que recomeço

Eu te quero com limão e sal
Eu te quero tal e como está
Não precisa mudar nada
Eu te quero se vem ou se vai
Se sobe ou se desce e se não está
Seguro do que sente

Tenho que te confessar agora
Nunca acreditei na felicidade
As vezes algo se parece com ela
Mas é pura casualidade

Logo encontro
Com seus olhos me dão algo mais
Só de te ter por perto
Sinto que recomeço

Eu te quero com limão e sal
Eu te quero tal e como está
Não precisa mudar nada
Eu te quero se vem ou se vai
Se sobe ou se desce e se não está
Seguro do que sente

Só de te ter por perto
Sinto que recomeço

segunda-feira, maio 02, 2011

Onde está Freud?

A vida é uma escola.
E a gente deveria, constantemente, aprender com as coisas que acontecem. Cada pessoa que passa, cada situação que acontece, cada dia diferente. Tudo deveria servir para nos ensinar um pouquinho mais sobre nós mesmos, sobre os outros s sobre o que e quem devemos evitar ou manter próxdimos de nós. E sobre o porque de certas decisões serem tomadas.
Anos de terapia, conversas, auto-análise, questionamentos e, suposta evolução. Isso deveria refletir em alguma coisa, ou não?
Então, por que em alguns momentos a gente esquece de tudo isso, e repete bobagens que já fez? Erra, por simplesmente se deixar levar?
Só pode ser auto punição, ou auto boicote. Um jeto que nós mesmos encontramos para desestabilizar nosso eixo, e atrapalhar nossa auto-estima.
Só que eu acho que isso, nem Freud explica.

quinta-feira, abril 28, 2011

Sutilmente- Tudo!

Voltas e voltas

Se tem uma coisa que me emociona na vida, é saber que por mais que se caminhe, que se distancie, que se perca algum rumo... temos sempre algum lugar ou alguém para onde voltar.
Voltar para casa, para um amor, para algum amigo, para a família. Mas voltar. Buscar energias e recomeçar a caminhada.
Essas idas e vindas, essas voltas e reencontros fazem a vida mais bonita, mais humana e melhor. Olhar para trás com carinho e condescendencia. Se permitir aprender e resgatar.  Dar a volta, e voltar. Ao menos, de vez em quando...

sexta-feira, abril 15, 2011

Com a calma e o sol

Semana agitada. E eu igualmente.

Muitas atividades, muitos projetos, muito trabalho, muitas pendências. E algumas dúvidas....

Ontem, depois do trabalho e de dois dias abastecidos com 3 latinhas de energético como combustível, eu picava. De verdade! Parecia que a adrenalina tinha tomado conta, totalmente, de mim. Como se os prazos me confundissem de tal forma, que a meia noite eu precisava exorcizar todos eles em saltos (quase mortais). E me liberei desta energia, adrenalina e pressão, não com saltos, mas com o som maravilhoso da Funkalister and The Brothers Orchestra, que tocou ali no Ocidente. Combinação maravilhosa! Dancei, curti e desopilei toda a pressão da semana. Espetacular!

Hoje, estou nova, zerada. Quase pronta para a semana que vem. Quase, pois final de semana tem mais um pouco de trabalho, e descanso, pela frente!

Mas que o ritmo, agora possa chegar como sol, calminho e reconfortante, um sonzinho mais "à capela": http://youtu.be/lqSKVv6YO8g

quarta-feira, abril 13, 2011

Divergências da Web no Fórum da Liberdade 2011

Um debate inteligente, interessante, e no mínimo divertido, entre Marcelo Tas e Marcelo Madureira encerrou o Fórum da Liberdade 2011. A troca de idéias e perfis entre os dois possibilitou, além de risadas, o desenvolvimento de pensamentos enriquecedores entre os presentes.
Marcelo Tas, como se esperava, apareceu com seu visual multicolorido e moderno. Na primeira etapa, sua apresentação (com muitos EUs) foi brilhante, mas explicou como chegou lá, não entrou profundamente no tema. Agradou o auditório, que estava lá para defender, ao menos na maioria, a liberdade na internet. Na minha opinião, foi óbvio. Quem usa as redes sociais hoje, como ferramente de trabalho, conhece de cor a cartilha que ele pregou ali. Nada novo, muito menos profundo sobre a liberdade "conceitual" do uso da web. Contou sua vida, como chegou lá, deu um toque legal sobre o que postar. E falou sobre ouvir seus clientes, pesquisar a opinião deles na web, se conectar, de todas as formas possíveis (aliás, a foto com aquela TV e som estava defasada pra caramba!!!), estar ligado-sempre- saber como usar as ferramentas das redes sociais e por aí. Legal, mas meus amigos Alvaro, Kaka, Aline, Rafa... poderiam ter feito essa apresentação com ele e dito ainda mais. Talvez, por isso eu não tenha me empolgado com essa primeira etapa do painel, óbvai e previsivel.
Então, começa a falar Marcelo Madureira. Seu terno amarrotado, sapatos empoeirados, e sim, piadas de gaúchos. Péssimo, pode-se dizer, começou perdendo pontos. E começou com um discurso que fez críticas ao uso da internet, o que surpreendeu, mas usou o pensamento crítico. Ponderou o como nesse país, em que a grende ma  MAdureira criticou mais o sistema, do que o que temos a nossa disposição na web. Na opinião dele, a grande maioria da nossa população não tem conhecimento suficiente para usar toda a informação que recebe na rede, e por isso não poderá aproveitá-la devidamente. (É como usar um fusca a vida inteira, e de repente ter um Jaguar na frente, você vai usar 1ª, 2ª e 3ª e já não vai saber mais o que fazer com o resto do carro, precisa ser ensinado, digerir a informação). Ele comentou que a maioria das pessoas sequer sabe o que colocar nas redes scciais e citou a ele próprio, que é gerador de conteúdo, como um exemplo de quem não deve ficar ali, dando matéria de graça para os grandes milionários da internet. Comentou sobre o grande poder das classes emergentes, enfim fez uma análise mais "chata" mas mais séria sobre o que acontece hoje na rede. Criticou o excesso de tutela do nosso governo e o comodismo do povo ao gostar desta tutela, e buscá-la, inclusive ao buscar leis que o protejam na internet. Na minha opinião, apesar de alguns cometários mal colocados, foi muito bom e importante tê-lo ouvido. O que, porém, eu acho que aconteceu por alguns comentários que ouvi na saída, é que ele foi mau interpretado por frases descontextualizadas e até pela postura dele.
Reconsidero um pouco minha opinião sobre Tas, nos debates o cara cresceu e mostrou ao que veio (o que mostra que tem gente que funciona melhor sem script). Ali mostrou por que é reconhecido como é. Me reconquistou como formador de opinião, perdeu um pouco do ar de sou o cara e se mostrou realmente inteligente, saindo do obvio. Madureira, continuou na sua linha de argumentos mais polêmicos e não convencionais, seguiu bem na minha opinião. Palmas para o mediador Helio Beltrão, espetacular, mostrou que tem senso de humor e jogo de cintura no meio das feras.
Entre os painéis interessantes da tarde de ontem, ressalto o painel sobre economia na web, o ponto nevralgico, de como não se taxa na web e por isso é tão interessante e atrativo como nova forma de divulgação. O Forum deste ano teve o merecido glamour e modernidade de um evento que se renovou ao falar de um tema delicado, com confronto, e o mais importante, chance para o debate.
Parabéns aos meus amigos do IEE pelo brilhante evento!

domingo, abril 10, 2011

Guga e Julia

Um casamento lindo e emocionante. E totalmente informal e diferente.
A Marina das Flores foi o cenário de um momento especial e romântico em que meus amigos Guga e Julia responderam, de forma realizada, a perguntas que os padrinhos fizeram a eles, sobre os votos de um ao outro.
O astral da marina, com velas, uma noite perfeita, e muita alegria dos convidado abençoou o casal, que exultava de felicidade. A homenagem do time de futebol ao treinador, e a dança surpresa com a noiva, pegaram o Guga desprevenido e foram os momentos mais divertidos e lindos da festa que começou, ainda com dia claro, e oportunizou que todos nós curtíssemos o pôr do sol à beira do Guaíba.
Que o casamento deles seja cheio de sorrisos e alegrias, como foi a noite de ontem!

sexta-feira, abril 08, 2011

The Magic Numbers

Sabe aqueles dias em que ses acorda cantando uma música, e nada, nada te faz parar? Pois é... hoje eu acordei assim... cantarolando Love is Just a Game.

Postei no face, ouvi aqui no trabalho, postei no blog... e não tem como ela sair da minha cabeça.

Então: play it again!

terça-feira, abril 05, 2011

Caminho das Águas

Leva no teu bumbar

Me leva
Leva que quero ver meu pai
Caminho bordado à fé
Caminho das águas
Me leva que quero ver
Meu pai...

A barca segue seu rumo lenta
Como quem já não
Quer mais chegar
Como quem se acostumou
No canto das águas
Como quem já não
Quer mais voltar...

Os olhos da morena bonita
Agüenta que tô chegando já
Na roda conta com o seu
Ouvir a zabumba
Me leva que quero ver
Meu pai...

Leva no teu bumbar
Me leva
Leva que quero ver meu pai
Caminho bordado à fé
Caminho das águas
Me leva que quero ver
Meu pai...

A barca segue seu rumo lenta
Como quem já não
Quer mais chegar
Como quem se acostumou
No canto das águas
Como quem já não
Quer mais voltar...

Os olhos da morena bonita
Agüenta que tô chegando já
Na roda conta com o seu
Ouvir a zabumba
Me leva que quero ver
Meu pai...

Leva no teu bumbar
Me leva
Leva que quero ver meu pai
Caminho bordado à fé
Caminho das águas
Me leva que quero ver
Meu pai...

Hoje eu só quero parar o mundo e descer.

Eu já aprendi que não se morre de amor.
Eu já aprendi que falta de dinheiro tem solução.
Eu já aprendi que excesso de dinheiro, nem sempre gera a inveja alheia.
Eu já aprendi que antes trabalho demais que de menos.
E que um sorriso vale por mil palavras. E um abraço por mil sorrisos.
E aprendi que muitas coisas se resolvem nessa vida.
Mas... quando alguma coisa envolve saúde, medos, egos, mágoas antigas, dramas... ou tudo isso junto. Bem, aí fica tudo tão mais sério. Tudo tão mais delicado e difícil. E por isso, só por isso, hoje é um daqueles dias típicos, em que eu daria de tudo para diminuir a velocidade do globo. Queria parar tudinho e descer, só por alguns minutos. Respirar com calma, e conseguir me entender um pouquinho melhor. E entender os outros também. Talvez, assim resolvesse...

Bandaid, por favor

Você acha que encontrou alguém incrível. Diferenciado. Maduro. Aberto. E essa pessoa é tudo isso, e ainda é espetacular com você. Você baix...