sexta-feira, junho 17, 2011

aprendendo sempre

Para Ana, foram dias intensos. Apaixonados. Repletos de promessas e juras de amor. Ele a fazia acreditar que a amara, ainda, durante todo aquele tempo. Que não conseguira esquecê-la. Por um momento, eles estavam ali, unidos novamente. Eram o casal de antes, com a mesma troca, os mesmos objetivos, os mesmos desejos. Parecia que o tempo não tinha passado. Para Ana, Ele continuava intenso. E estava inteiro com ela.
As combinações foram muitas. É claro, que ela sabia que das tantas promessas, algumas eram fruto da empolgação dEle. Mas acreditava que outras eram, realmente, entrega. Precisavam de um resgate real, desta oportunidade, para reiniciar tudo novamente.
Mas Ele sumiu. Não teve “bala” para assumir as próprias palavras e demonstrações. Ele agiu como Ana nunca imaginou que ele pudesse agir. Um calhorda. Um medroso. Um idiota. Agiu como um homem qualquer, não como o homem que Ele era para ela.
Em pouco tempo o êxtase daquele momento se transformou em uma lembrança. Tanto amor virou questionamento. Ausência. Uma série de descobertas. Descobertas que mudariam a situação do que viveram. Os afastariam novamente. Eles não voltariam a ser um, apenas voltariam a ser estranhos. Soube tantas coisas sobre o novo Ele. Tantas coisas que a deixariam tão desapontada e chocada, que preferia ainda ter ilusão. Ana não conhecia mais esse homem. Não conhecia o homem que ao se sentir infeliz, fazia os outros infelizes também. E nem pensou em poupá-la desse drama todo.
Ela descobriu, com muita mágoa, que fora apenas uma das tantas traições dele. Apenas uma. E soube que, se naquele momento, Ele desejou resgatar tudo entre os dois, foi apenas por se deixar levar por um momento de felicidade. Também soube que dias depois Ele já voltara a agir com racionalidade e frieza novamente. Ana descobriu que aquele homem com quem vivera, aquele homem que amava tanto, não existia mais, ou ao menos não queria mais existir. Transformou-se em uma pessoa que ela não reconhecia. Alguém vivendo de aparências, e faz-de-conta, para convencer os outros daquilo que não conseguia convencer a si mesmo.
Ela chorou, sofreu, se perguntou o porquê de acreditar em tantas palavras e promessas daquEle homem que tanto amou. Mas Ana levantou a cabeça, e percebeu que o que precisava era dar um passo de cada vez. Olhar para os lados, para frente, não mais para trás. Agora ela sabia que poderia começar algo novo e sincero, ao invés de se prender a algo que seria unilateral.
Ela superará, e será feliz. Mas desta vez, sem as falsas esperanças dele.

3 comentários:

Bípede Falante disse...

Não é fácil...

F. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
F. disse...

:)

Bandaid, por favor

Você acha que encontrou alguém incrível. Diferenciado. Maduro. Aberto. E essa pessoa é tudo isso, e ainda é espetacular com você. Você baix...