Imagine morar com alguém há 5 anos. Ser pedida em casamento, ter planos de formar uma família... Combinar uma mudança de cidade, junto a essa pessoa. Viver em meio a atitudes que mostram, por muito tempo, planos de vida conjunta, que criam expectativas, que geram laços, que ampliam vínculos...
Imagine essa relação finalizar, então, surpreendente e abruptamente, de uma forma fria e distante. Uma conversa unilateral, sem abertura para questionamentos. Apenas com afirmativas e imposições. Imagine receber o e-mail dizendo: “Eu não quero mais. Desculpe, mas não posso. Eu não consegui te falar”. E a vida de uma pessoa, estar virada de pernas para o ar, em poucos minutos.
Algumas coisas machucam. Doem. Traumatizam. O final de um relacionamento, desta forma, encabeça essa lista. Como isso é conduzido pode fazer com que as pessoas saiam muito mais feridas, de todo um processo que é naturalmente pesado.
Como o medo, a fraqueza, a falta de coragem, podem ser maiores do que a lealdade e respeito? Maior do que a consideração por alguém, com quem se viveu e construiu uma história por tanto tempo? O que faz uma pessoa escrever ao invés de falar, nessa situação? Achar que a outra merece tão pouco? Preferir à distância ao mínimo de afeto que poderia restar?
Mais do que isso, eu questiono: o que há com as pessoas, que não tem mais coragem de enfrentarem seus problemas? De superarem obstáculos? Passarem por cima de traumas? Pessoas que ignoram que sempre haverá problemas e questionamentos, para ficarem juntas? O que há com as pessoas, que acham mais fácil se desentenderem, do que entender o que se passa com o outro? Do que se colocar um pouco no lugar de outra pessoa, do que ceder? O que há com as pessoas, que acham que sentimentos são descartáveis, e que a vida, os amores, podem ser comprados em cada esquina, como latinhas de cerveja, ou maços de cigarros? O que tornou tudo tão pequeno, tão fútil, tão vazio?
Vendo essas relações virando tão superficiais, quero saber se algum dia terei meu “amor numa boa, de gente fina elegante e sincera”. É tanta desilusão e tristeza, que vejo nesse mundinho cão, que me questiono se isso tudo passará. E, se ainda encontraremos uma cura, para a frieza que toma conta de tanta gente. Para esse medo de amar e sofrer.
E olha que eu quero muito acreditar! Por que sofrer de amor, ainda é melhor que não vivê-lo.
A pimenta é um condimento de sabor picante que pode lembrar o cravo, a canela e a noz-moscada. Utilizada nos alimentos para produzir sensações “quentes”, estimula a produção de endorfina no cérebro, aumentando a sensação de bem estar... Que tipo de pimenta é você?
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6 comentários:
Cantava alguém da antiga que: foi sempre mais feliz quem mais amou.
Eu assino embaixo. Quem ama, sofre. Mas quem não ama, nem vive.
Beijos
BF
E é tão triste não viver, Bípede!
adorei a sua última frase :)
amar é tão sublime que o meu maior medo é um dia não conseguir amar.
:)
Obrigada CS. Pela visita e comentário.
Acho que amar é doação e entrega. Por isso é tão complicado... ;)
Fernanda, consigo imaginar o que relatas com perfeição. Somente conhecemos finalmente as pessoas quando terminamos e elas se apresentam sem as máscaras da sedução. Tenho certeza que uma pessoa sensível como você jamais perderá a capacidade de amar. Sorte de quem souber te ver com clareza. Bjs.
Tuas palavras finais me tocaram, muito, Terráqueo. Obrigada pelo carinho! Um beijo
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