domingo, novembro 30, 2014

Desencontro nas palavras

Ela gostava das coisas na vida real. Ficava horas conectada, todos os dias, mas relacionamentos virtuais nunca foram algo possível para ela. E se relacionar na vida real nunca foi um problema. Ela só achava difícil encontrar alguém que fosse legal para namorar. Talvez muito exigente. Falsa expansiva como ela dizia. Todos achavam impossível haver uma tímida habitando aquela pessoa. A verdade é que havia.
Ele gostava de conhecer pessoas no mundo virtual. E levá-las para seu mundo real. Era ótimo em conversar e encantar. Inteligente, bem relacionado e excelente profissional, ninguém diria que era tímido. A verdade é que era.
Eles se conheceram por causa de uma amiga em comum. Algumas conversas e marcaram um jantar. A conversa fluiu de uma maneira inacreditável. Pareciam amigos de uma vida inteira. Não ficaram, não se tocaram, nada aconteceu. Ela gostou dele. Parecia diferente. Ele se encantou com a espontaneidade dela. Parecia uma menina.
Ele ligava para ela quase todas as noites. Falavam horas, ele adorava as bobagens românticas dela, e os dramas que pareciam sempre se resolver. Um final de noite, quando ela contou que iria para a cidade dele com uma amiga ele a convidou para ficar na casa dele. Ela relutou, mas topou. Iriam as duas. O final de semana foi incrível. Finalmente eles ficaram juntos. Ele achou que era melhor do que esperava. Para se conectar a ela, adicionou a amiga em uma rede social e começou a conversar. Achou que seria importante terem um elo de ligação. Não funcionou. Aos poucos se afastaram. Ele nunca disse que pensava em namorar com ela. 
Ela adorava quando ele ligava. Achava aquilo fofo e tentava falar de mil assuntos. Enchia o telefonema com assuntos tolos, mas só por gostar dele e ficar nervosa. Um dia, ele convidou ela e uma amiga para ficarem hospedadas na casa dele em um final de semana. Ela achou estranho, mas topou. E foi sensacional. Se aproximaram muito, se envolveram e finalmente ficaram. Ela achou melhor do que esperava. Depois do final de semana, ele adicionou a amiga dela em uma rede social e começou uma tentativa constante de bater papo. Elas não entenderam aquilo. Para ela ficou claro que ele estava decidido a ficar com mais uma da turma. Aos poucos, se afastaram. Ele nunca soube que ela consideraria namorar com ele. 

sábado, novembro 29, 2014

Eu caminho sem deixar de pensar em ti. Sorrio, sem deixar de pensar em ti. 
Durmo sem deixar de pensar em ti.Trabalho sem deixar de pensar em ti,
E então percebo, quão estúpido e infantil é isso. Quão bobo pode ser pensar em alguém o dia inteiro. Quão sem sentido pode ser isso. Pensar em ti, não diminui essa solidão imensa. Pensar em ti, não reduz nenhum dos meus problemas. Também não faz com que meu sorriso seja mais verdadeiro. E nem muda algum minuto desses dias. 
Pensar em ti, não te traz pra mim. Não te faz saber o que passa em mim. 
Então, por uma questão de lógica, de cuidado, eu decido que não vou mais pensar em ti. 
E se eu conseguir, fazer isso, vou patentear essa fórmula. 

Esperança que se foi

Esperança que me segue,
Esperança que me negue,
Esperança que já não sei.

Esperança que me segue,
Esperança que agregue,
Esperança que que te dei.

Esperança que me segue,
Esperança que me persegue,
Esperança que abandonei.

Se não fosse essa esperança, 
Ah, eu juro que já não sei.

quinta-feira, novembro 27, 2014

Se eu estiver feliz, talvez eu poste aqui músicas inusitadas, textos sem graça, poemas tolos.
Se eu estiver feliz, talvez eu poste aqui bobagens sobre coisas nas quais não acredito.
Se eu estiver feliz, talvez fale sobre viagens, receitas, amenidades.
O mais provavel?
Se eu estiver feliz, esse espaço sequer será visitado. Ficará as moscas. Felicidade não inspira textos. não inspira reflexões. Felicidade inspira vida.

Ela acabou na mesa de um bar....

Era um bar pequeno, escuro. Não tinha nada em comum com eles. Ele ainda não entendia o motivo de estarem ali. Ela, sofisticada, bonita, sempre bem arrumada. O que queria naquele lugar? Quando ela pediu uma cerveja e a porção de calabresa, ele entendeu menos ainda. Ficaram olhando um para o outro. O olhar era hipnotizante. Isso não mudava. A química entre eles permanecia forte. Continuavam soltando faíscas.
Ele pegou na mão dela, pousada naquela mesa de madeira fuleira. Ela puxou em direção ao próprio corpo. Ele não entendeu, e continuou olhando para ela. Não diziam palavra. Enquanto ela beliscou a calabresa, ele fez novo gesto em direção a mão dela. "Pra que isso? Tu sabes que depois vai sumir. Vai procurar outra. Vai me tratar como se não tivéssemos tido nada. Pra que agir aqui como se eu fosse tão importante?". Ela jurou para si mesma que apenas diria o que tinha a dizer. Não conseguiu.
Ele, que não esperava ser colocado contra a parede, ficou mudo. Analisou cada centímetro do rosto dela. Pensou em cada palavra. Repetiu o discurso: "Eu sempre machuco quem se envolve comigo. Te disse isso lá atrás. Não posso deixar a coisa ficar diferente de como está". Ela gargalhou. Uma gargalhada grossa e forte,  misturada às lágrimas. Ele achava que ela acreditaria, novamente, nisso? Ele achava que ela acreditaria que pudesse ser tão racional? A matemática ali era simples: ela nunca gostou dela o suficiente. Permitiu que ela se envolvesse por ser divertido, mas nunca foi homem para assumir que não estava envolvido. Fez esse estilo de homem que não pode se doar pq era mais bonito. Mas ele se doava a tanta gente. Era gentil com todos, menos com ela. Conversava com todos, menos com ela. Respondia a todos, menos a ela. E o mais doloroso, é que tinha sempre um elogio, uma palavra doce para todas, menos para ela. Ele achava que ela não via. Impossível. Estava tudo ali, na cara dela, mesmo que não quisesse. As promessas não cumpridas. O presente que prometeu e que nunca entregou. A dedicatória que não fez. O jantar que foi desmarcado. O final de semana que só aconteceu na idealização. Ela lembrava, claro, mas esta cansada para enumerar. Para explicar para ele como se sentia. Nao tinha mais energia. Nem vontade. Gostar já não resolvia mais.
Escolheu aquele lugar para que não houvesse risco de ser novamente envolvida por ele. Uma mesa dura, uma comida seca, um lugar feio. Ela marcou um lugar em que a sedução dele ficasse acanhada. Um lugar em que ele não se sobressaísse. Onde ela, pela primeira vez, fosse mais forte, mesmo sentindo tanto por ele. Apesar de saber que quase o amava, ela percebeu que o pouco caso dele a libertara. Com dor, mas ainda assim, a libertara. Ela queria ser valorizada. Admirada. Ela queria que o gostar dela fosse bem-vindo. Ela preferia até ser mandada a merda a ser tão ignorada. E com ele, continuaria sendo esse ser morno em que se transformara. Morno e inseguro.
Ela levantou. Pegou a bolsa, virou e saiu. Sabia que não havia mais o que fazer. E que ele a entenderia. Nao faria diferença, aliás. Só que dessa vez, para nenhum dos dois.

terça-feira, novembro 25, 2014

Saudades do que não vem

Há um tempo em que acreditamos ter uma força absurda. Acreditamos poder tudo. Acreditamos conseguir tudo. Acreditamos no amor. 
Há um tempo em que não temos descrença. Não precisamos de fé. Não precisamos de força. Fazemos o quisermos.
Há um tempo em que paixão nos alimenta. Suspiros nos lavam a alma. Sonhos nos satisfazem.
Há um outro tempo, em que a realidade chega. E finalmente percebemos que temos limites. Que bater em paredes dói. Que não é possível amar sozinho. Nesse tempo, nossas frustrações tomam proporções assustadoras. Nossos medos assombram. Nosso sono vai embora. Nesse tempo descobrimos que a fome é mais amiga da felicidade. E a depressão chega mais facilmente nos tristes. Nesse tempo, entendemos que amor não mata. Mas pode, sim, fazer pessoas trilharem caminhos escuros. Nesse tempo, sentimos saudades.

segunda-feira, novembro 24, 2014

Momento Rubem Alves

"Eu quero desaprender para aprender de novo.
Raspar as tintas com que me pintaram.
Desencaixotar emoções, recuperar sentidos."

domingo, novembro 23, 2014

Quem tu não é

Não és aquele encontro inesperado, que conheci num jantar com amigos, apresentado por alguém e cheio de comentários e referências. Alguém que certamente seria meu número e com quem eu teria tudo para dar certo.
Não és o cara que me pediu mais uma noite, apenas para ficar me abraçando, enquanto me olhava dormir sorrindo. Nem és o cara que me deixou em casa, pedindo que eu voltasse mais tarde, para continuarmos de onde paramos.
Também não és o cara que me fez sonhar acordada várias noites, somente pelas mensagens bobas de boa noite que me mandava. Muito menos és quem mandava flores. Não és aquele que me cobria de presentes para demonstrar como eu era importante. Nem me fazias declarações inesperadas.
Nunca fostes o cara que me esperava todas as noites. Que tem hora marcada, dia certo para fazer cada programação. Tu nunca foi um homem que me dá segurança ou certeza, o homem para casar, namorar ou imaginar um desses relacionamentos rotuláveis.
Ao contrário dessas certezas bobas, és a incerteza. És o mistério e a curiosidade. És o que aconteceu de maneira inesperada. O beijo que eu não consigo esquecer. O desejo que me consome. O abraço que eu peço. És o cheiro que eu não esqueço. A paixão que não podia ter acontecido. O que eu quis, sem querer. A ilusão de encontro. És meu precipício. A minha certeza de não querer rótulos. Tu é meu café mais amargo. O calor, o tesão, o encontro mais raro. És minha certeza de que alguém pode ter as mesmas dificuldades e medos que eu tenho, e ainda assim ser especial. É tu o que eu mais quero. E é o que não vai acontecer. Virou minha certeza de que gostar  sozinho não basta. Tu és minha dura lição. Meu desejo e meu gosto de quero mais. É quem me deixou com tanta vontade de ti.
Tu foi meu melhor, mas virou meu basta. Só preciso entender isso.

sexta-feira, novembro 21, 2014

Tu Tens um Medo - Cecília Meireles

"Acabar. 

Não vês que acabas todo o dia. 

Que morres no amor

Na tristeza. 

Na dúvida. 

No desejo. 

Que te renovas todo dia. 

No amor. 

Na tristeza 

Na dúvida. 

No desejo. 

Que és sempre outro. 

Que és sempre o mesmo. 

Que morrerás por idades imensas. 

Até não teres medo de morrer. 

E então serás eterno. 

Não ames como os homens amam. 

Não ames com amor. 

Ama sem amor. 

Ama sem querer. 

Ama sem sentir. 

Ama como se fosses outro. 

Como se fosses amar. 

Sem esperar. 

Tão separado do que ama, em ti, 

Que não te inquiete 

Se o amor leva à felicidade, 

Se leva à morte, 

Se leva a algum destino. 

Se te leva.

E se vai, ele mesmo... 

Não faças de ti 

Um sonho a realizar. 

Vai. Sem caminho marcado. 

Tu és o de todos os caminhos. 

Sê apenas uma presença. 

Invisível presença silenciosa. 

Todas as coisas esperam a luz, 

Sem dizerem que a esperam. 

Sem saberem que existe. 

Todas as coisas esperarão por ti, 

Sem te falarem. 

Sem lhes falares. 

Sê o que renuncia 

Altamente: 

Sem tristeza da tua renúncia! 

Sem orgulho da tua renúncia! 

Abre as tuas mãos sobre o infinito. 

E não deixes ficar de ti 

Nem esse último gesto! 

O que tu viste amargo, 

Doloroso, 

Difícil, 

O que tu viste inútil 

Foi o que viram os teus olhos 

Humanos, 

Esquecidos... 

Enganados... 

No momento da tua renúncia 

Estende sobre a vida 

Os teus olhos 

E tu verás o que vias: 

Mas tu verás melhor... 

E tudo que era efêmero se desfez. 

E ficaste só tu, que é eterno."


Vai. E se não puder amar, deseja.





quinta-feira, novembro 20, 2014

Gostar sozinho não basta

Pouco me surpreende.
Ainda me surpreende pensar que pessoas possam usar sua inteligência para manipular sentimentos dos outros.
Ainda me surpreende que alguém que sabe o que não quer finja que quer por pura diversão, ou por ego.
Ainda me surpreende que pessoas mintam apenas para manter o controle sobre pessoas fragilizadas, ou expostas.
Ainda me surpreende que quem investe e se dedica a alguém vire um ser fácil de enganar.
Ainda me surpreende que sentimentos virem objetos descartáveis.
Ainda me surpreende que pessoas que se doam virem bens de consumo.
Ainda me surpreende que com tudo tão fora do eixo, com tanta coisa bagunçada pessoas se apaixonem. Se mostrem. Gastem tempo com outras, insistindo em conquistar e demonstrar.
E o que mais me surpreende é ver as pessoas, diante do óbvio, relutando em aceitar que não vale a pena investir na pessoa errada. Aceitando gostar sozinhos. Ou, pior, investindo em quem age de má fé, apenas pelo prazer de destratar quem gosta.

terça-feira, novembro 18, 2014

But we're caught in a trap.

"É por isso que eu não quero te ver nunca mais (Flávia Queiroz - Entre Todas as Coisas)

Acordei atrasada outra vez. Pulei da cama arrancando a roupa e corri para o banho. Não havia tempo para o café, mas eu sabia que seria atormentada por horas de mau humor se não bebesse um gole do meu elixir.
Coloquei Elvis para tocar enquanto penteava o cabelo e aguardava a água ferver. (Espero que minha mãe não leia isso. Ela odiaria saber que escovo o cabelo no meio da cozinha.)
Elvis cantava, a água fervia e eu fazia um rabo de cavalo sem graça quando me peguei pensando em você. A música não tinha nada a ver com a gente, mas também não temos nada a ver um com o outro e isso nunca nos impediu de tentar.
Quer dizer, eu tentei. Tentei desesperadamente, como quem fica com a mão dormente depois de murros e mais murros em ponta de faca.
Cheguei a procurar um chip sob a pele. O que foi que você fez comigo para passear assim pela minha cabeça?
A gente não fala a mesma língua e ainda que o encontro da minha língua com a sua tenha gosto de céu, o minuto seguinte costuma ser aterrador como o inferno.
É por isso que não quero te ver nunca mais. Quietinho, Elvis! Deus me livre da sua voz me fazendo pensar nesse cara.
Eu brigava com a sua lembrança, a água borbulhava, a escova repousava e o tempo continuava passando. Esqueci do café e do relógio enquanto desenhava sua imagem mentalmente e procurava me convencer dos seus defeitos. Um trabalhão, diga-se de passagem!
Pode tirar o cavalinho branco da chuva, benzinho! Não é porque lembrei de você enquanto o filho da puta do Elvis cantava que vou me render aos seus encantos.
We’re caught in a trap, meu caro."



Podemos passar uma vida fingindo que não percebemos o óbvio. Aceitando desculpas como verdades. Justificativas como realidade.
E então um dia, do nada, cansamos. Queremos aquilo que merecemos. Decidimos não nos contentar mais com pouco. Mesmo que isso signifique abrir mão de algo que muito desejamos. A razão? Nem precisa existir. As vezes só lembramos que gostar de nós mesmos é melhor do que gostar de quem não nos vê como deveria. Ou de alguém que prioriza o mundo, antes de nós.

Ela teclou adeus

Há quase dois anos atrás eles se conheceram. Na época, eles tinham o mesmo número de amigos no facebook. Na vida real ela nunca soube. Ele era conhecido. Ela era bem relacionada. Eles moravam em cidades diferentes e só se viram pessoalmente um ano depois. Ele ainda mais conhecido. Ela a mesma pessoa bem relacionada. Ao vivo, ele era mais incrível, envolvente, apaixonante.
E ela se apaixonou. Ela não podia, mas se apaixonou. O tempo passou e eles continuavam se falando, se relacionando daquele modo capenga, a distância. Ela se mudou. Agora, moravam na mesma cidade. Ele tinha 3 vezes o número de amigos dela no facebook. Um incontável número de seguidores no Twitter. Conhecia todo mundo na cidade em que moravam. Ela era uma forasteira, que deixou seu bom relacionamento na cidade que já não era mais dela. Uma pessoa que tentava se firmar em um lugar novo. E talvez não tivesse nada, além dela mesma, para dar para ele. Ela sabia que isso era muito. Ela era incrível e talvez só ele não soubesse disso. Não visse o quão especial ela era e o quanto gostava dele. Era sempre carinhoso, afetuoso, dizia o que sentia, mas sempre criava uma barreira entre os dois. Sempre distanciava a intimidade.
Depois de alguns desencontros. De alguns encontros. De algumas tentativas, ela cansou daquele jogo. Resolveu que assim não queria mais. Mas ela não desistia antes de tentar tudo. Então, se declarou para ele. Sabia que nada daquilo era exatamente uma novidade, apenas queria ter certeza de que ele sabia o quanto era especial para ela. Escreveu, falou, se expôs. Jogou todas as cartas na mesa. Perdeu.
Ele passou a ignora-la. Não respondeu. Decidiu nem mesmo dizer que não queria continuar. Apenas optou por não falar mais com ela, como covardes fazem. A partir desse dia, era como se os "eu gosto" fossem todos da boca pra fora. Como se os "sinto saudades" fossem todos vazio. Como se os "já passamos dessa fase" e "vamos dar um jeito" existissem apenas para ocupar silêncios. Ela não mereceu nada.
Na primeira noite em que se sentiu ignorada e percebeu que perdeu, ela chorou. Na segunda também. Na terceira noite, ela entendeu. Precisava se permitir novamente. E havia oportunidade, havia chance. Doeria, afinal sentimentos não vem com botão de liga e desliga, mas ele seria deletado do pensamento dela. Mais cedo ou mais tarde, ela sentiria tanta indiferença quanto ele. No dia seguinte, doeria menos, e menos, e menos. E em uma cidade em que se é uma estranha, ela teria isso a seu favor.
Agora era questão de esperar. Na vida, tudo é uma questão de tempo.

domingo, novembro 16, 2014

As vezes a gente se satisfaz com pequenas migalhas. Um "eu gosto de ti" aqui ou "eu tenho saudades" ali. Se expõe. Se mostra. Batalha pra dar demonstração pra quem nem está mais tão preocupado com isso. A gente nem percebe que chegou ao limite.
As vezes a gente fica tão envolvido na nossa própria vontade, nosso próprio sentimento, que nem percebe que já não tem mais retorno. Nem percebe que o outro já está no piloto automático. Que chegou ao limite. 
Em um determinado momento é bom olhar pra gente e pro outro. Cuidar pra não se doar a mais, nem receber a menos. Afinal, tudo na vida tem um limite. 

Bandaid, por favor

Você acha que encontrou alguém incrível. Diferenciado. Maduro. Aberto. E essa pessoa é tudo isso, e ainda é espetacular com você. Você baix...