ao mar

Ela olhava o mar.
Sentia a brisa, como se fossem mãos, tocando seu corpo. O pensamento voava para longe. Nao demostrava uma ideia exata do que queria fazer, ou dizer.
Ela olhava o mar.
Sentia aquele cheiro, familiar e estranho ao mesmo tempo. Nao parecia mais pertencer ali. Estava tao perdida que tudo ao seu redor era alheio a ela mesma.
Ela olhava o mar.
Sentia o sol queimando sua pele, como se fosse o fogo quente do inferno. Nao demonstrava mais animação ou tristeza. Parecia apenas esperar o inevitável.
Ela olhava o mar.
Sentia o tempo passar com o tique-taque do relógio. E sabia, que cedo ou tarde, precisaria encarar as consequências de todas as escolhas erradas que fez. E por isso, só por isso, nao conseguia dar um passo em nenhuma direção.

De uma hora para a outra

Entao, quando menos esperamos, as boas coisas da vida acontecem. Quando paramos de esperar por aquela pessoa. Quando paramos de desejar que Ele de atenção apenas para nos. Quando deixamos de alimentar a expectativa daquela promoção.
E entao, quando menos esperamos, as boas coisas da vida nos cercam. Os olhares nos rodeiam. As oportunidades nos abraçam. Quando paramos de desejar tão ardententemente por elas. Por que desejar demais traz junto a ansiedade. E ansiedade, atropela.
E entao, quando menos esperamos, as boas coisas da vida, simplesmente acontecem. Quando despretensiosamente imaginamos que ali, a surpresa acabou. Quando acreditamos que não temos mais o que esperar. Quando resolvemos que deu. Então, na próxima mesa de bar, as boas coisas da vida, podem acontecer.