segunda-feira, dezembro 08, 2014

Um em muitos

A vida é vestida de máscaras. Personagens. Personas. Querendo ou não somos vários em um, o tempo todo. Eu sempre digo que sou uma criança grande. Uma mulher feliz para todos. Uma pessoa triste num corpo de mulher feliz. Tento levar a vida brincando e falando bobagens, digo palavrão, descontraio tudo o que posso. Não por não perceber a seriedade das coisas, mas exatamente por causa delas. Se for encarar o que já é difícil com jeito brusco, fica impossível. Então tento ser macia, leve, risonha, tudo isso o máximo possível. As vezes, isso me deixa parecer menos adulta, até, do que sou. Bom? Ruim? Não sei. Para algumas coisas funciona muito bem, para outras nem tanto.
Se uns me vêem como uma menina, outros me vêem como uma fortaleza. O que não é nada bom. No mesmo dia em que uma pessoa me disse que sabia que se eu tinha tomado uma decisão o negócio estava fechado e aconteceria, outra pessoa ouvindo uma situação que estou vivendo me comentou que, me conhecendo apenas profissionalmente, decidida e forte, nunca me imaginaria fragilizada por assuntos emocionais. Personagens. A descontração infantil, a força profissional, a frágil.
Mas é a verdadeira F.? Aquela que precisa de colo, de atenção, de cuidado? Aquela que também quer se doar e ver que há doação de volta? Essa acaba escondida entre os personagens, para aparecer só de quando em quando. E pelo que sinto,  das poucas vezes em que decide se mostrar, não tem sido bem recebida por aí. Ou não é bem interpretada. Ou tem selecionado muito erroneamente para quem se mostra. Melhor continuar escondida atrás do personagem. Seja ele qual for.

Bandaid, por favor

Você acha que encontrou alguém incrível. Diferenciado. Maduro. Aberto. E essa pessoa é tudo isso, e ainda é espetacular com você. Você baix...