A beleza das pessoas nem sempre e visivel aos olhos. E as vezes e tao visivel aos olhos, e tao mais sensivel a alma...
Algumas vezes, olhamos alem, conectamos a mente e o coracao das pessoas.
A medida em que criamos esse tipo de laco, nos encantamos. Somos conquistados por uma beleza muito mais apaixonante, que nao se nota em um primeiro momento. Somos arrebatados por um sentimento muito mais profundo.
Afinal, algumas pessoas nao precisam ser simplesmente belas. Precisam ser, apenas, elas mesmas. Basta que sorriam para iluminar um ambiente. Que falem para mostrar como nos conquistam. Basta que nos abracem, para mostrar como sabem confortar.
Algumas pessoas sao lindas. Mas sao tao mais especias, que sua beleza fisica diminui diante de seu encantamento pessoal. E essas pessoas, bem essas pessoas, sao aquelas que queremos, sempre, ter ao nosso lado. Sao as pessoas que nos ganham de alma e coracao.
A pimenta é um condimento de sabor picante que pode lembrar o cravo, a canela e a noz-moscada. Utilizada nos alimentos para produzir sensações “quentes”, estimula a produção de endorfina no cérebro, aumentando a sensação de bem estar... Que tipo de pimenta é você?
terça-feira, dezembro 04, 2012
domingo, novembro 25, 2012
Sozinha
Solidao. A sensacao de estar sozinho, solitario, mesmo sem ter motivos para isso.
Estar em meio a uma multidao, cercado por pessoas e, ainda ter a sensacao de estar completamente solitario.
Estar com uma pessoa incrivelmente especial e ter, o estranho, sentimento de que aquele momento nao e completo, de que se tem um coracao em pedacos.
Estar sozinho, quando se esta acompanhado. Desejar imensamente sentir o coracao preenchido, a mente leve, mas ao contrario disso, sentir uma tristeza imensa. Sentir-se sem luz, quando o sol brilha.
Solidao. Quando a sensacao correta seria a de estar em comunhao.
Estar em meio a uma multidao, cercado por pessoas e, ainda ter a sensacao de estar completamente solitario.
Estar com uma pessoa incrivelmente especial e ter, o estranho, sentimento de que aquele momento nao e completo, de que se tem um coracao em pedacos.
Estar sozinho, quando se esta acompanhado. Desejar imensamente sentir o coracao preenchido, a mente leve, mas ao contrario disso, sentir uma tristeza imensa. Sentir-se sem luz, quando o sol brilha.
Solidao. Quando a sensacao correta seria a de estar em comunhao.
sábado, novembro 17, 2012
Bond, o espião que eu amava....
A cada novo lançamento dos filmes do agente mais famoso do cinema, eu me pergunto: O que e tão especial em James Bond?
A resposta? Impossivel resumir. Os fatores são muitos. O agente evolui com o tempo. Os atores são sempre, ou quase sempre, bonitos (mais ate charmosos), encarnam as caracteriscas do agente, que se adapta com desenvoltura aos diferentes ambientes em que circula, sem perder aquele toque inglês. As musicas tema são lindas. A ação nao para, ah... a ação nao para nunca!
Além disso e um filme unanime. Tanto homens, quanto mulheres adoram o espião. Os homens, encantam-se com poder que tem 007 de sair de todas as enrascadas (em que vive se metendo), seu potencial de prever e antever as reações dos inimigos, de salvar aliados (a maioria) e, claro, sua capacidade de seduzir mulheres (varias) ao longo de tantos anos.
As mulheres, encantam-se pelo charme do duplo 0, sua atenção, e capacidade de sair impecável dos mais inacreditáveis apuros e ainda sua preocupacao, sempre, em salvar suas bond girls. E muitas (como eu) gostam, da mesma maneira que os homens, da descarga constante de adrenalina do filme. Afinal, apenas o agente britânico pode, e consegue, fazer absolutamente tudo pelo bem da Coroa, usando as armas mais inacreditaveis esurpreendentes, esta sempre em forma, e segue impecavel. E, alem de tudo, consegue sobreviver!
Discussões sobre o melhor James Bond... ( concordo que Roger Moore e o perfeito agente britânico, mas eu ainda prefiro o encantador, sarcástico e charmoso Sean Connery). Debates sobre qual o melhor filme (para fazer juz a quase todos atores: Dr. No, Goldfinger, Diamentes são eternos, Espião que me amava, Amanha nunca morre, Cassino Royale) . Questionamentos sobre o que faltou no filme mais recente (abaixo minha opinião sobre o triste Skyfall).
Enfim, como a grande maioria das pessoas que gosta de cinema (nao apenas cinema cult), eu adoro assistir aos filmes do 007. Mas, confesso minha decepção, ao sair de Skyfall. De cara, achei que o filme seria sensacional. A menção a uma lista já bem citada em Quantum of Solace! A disputa em cima do trem, o desenrolar disso, as cenas em Xangai.... Então, começa um desenrolar que foi me cansando um pouco. Um James Bond mais vagaroso, sem aquelas armas que eu tanto gosto. Qual o carro do Bond neste filme? Ou o relógio magico? Nenhum celular e caneta espetaculares? Todas as super armas secretas, que tanto animaram 50 anos do agente são, simplesmente, substituídos por um radio (que poderia ser o gps de um celular) e uma arma sensorial, que some antes de sua primeira utilização? O simpático Dr. Q, e substituído por um garoto, que acompanha tudo de uma tela, o que e até legal, mas incompleto demais. Sobra explosão e adrenalina, mas faltam as característica do agente mais querido de todos os tempos.
Além de cenas infelizes em que parece que Daniel Craig imita o menino Kevin, de esquecer de mim, temos a morte de M., necessaria, sm, mas colocada de uma maneira seca, ao meu ver. Para mim, porem, o que mais descaracteriza o agente, e que vi com tristeza, foi a falta de sensualidade e flerte ao longo do filme. Bond e um personagem quente, apaixonado, e que nao deixa, nunca sitaucoes sensuais passarem. O oposto do personagem quase deprimido com que deparei neste filme. Para mim, que acho tão difícil decidir o melhor filme da franquia, o pior já esta eleito. Skyfall ganhou em efeitos e perdeu em conceito James Bond. Um filme que parece feito para conquistar uma nova geração. Sem perceber que segue um conceito que trai seu publico, e sem ser pelo aspecto tecnologico, também nao chega ao jovem, que me pareceu mais interessado em lotar as filas para assistir Crepúsculo.
Que venha o próximo, como o bom e velho Bond, James Bond.
A resposta? Impossivel resumir. Os fatores são muitos. O agente evolui com o tempo. Os atores são sempre, ou quase sempre, bonitos (mais ate charmosos), encarnam as caracteriscas do agente, que se adapta com desenvoltura aos diferentes ambientes em que circula, sem perder aquele toque inglês. As musicas tema são lindas. A ação nao para, ah... a ação nao para nunca!
Além disso e um filme unanime. Tanto homens, quanto mulheres adoram o espião. Os homens, encantam-se com poder que tem 007 de sair de todas as enrascadas (em que vive se metendo), seu potencial de prever e antever as reações dos inimigos, de salvar aliados (a maioria) e, claro, sua capacidade de seduzir mulheres (varias) ao longo de tantos anos.
As mulheres, encantam-se pelo charme do duplo 0, sua atenção, e capacidade de sair impecável dos mais inacreditáveis apuros e ainda sua preocupacao, sempre, em salvar suas bond girls. E muitas (como eu) gostam, da mesma maneira que os homens, da descarga constante de adrenalina do filme. Afinal, apenas o agente britânico pode, e consegue, fazer absolutamente tudo pelo bem da Coroa, usando as armas mais inacreditaveis esurpreendentes, esta sempre em forma, e segue impecavel. E, alem de tudo, consegue sobreviver!
Discussões sobre o melhor James Bond... ( concordo que Roger Moore e o perfeito agente britânico, mas eu ainda prefiro o encantador, sarcástico e charmoso Sean Connery). Debates sobre qual o melhor filme (para fazer juz a quase todos atores: Dr. No, Goldfinger, Diamentes são eternos, Espião que me amava, Amanha nunca morre, Cassino Royale) . Questionamentos sobre o que faltou no filme mais recente (abaixo minha opinião sobre o triste Skyfall).
Enfim, como a grande maioria das pessoas que gosta de cinema (nao apenas cinema cult), eu adoro assistir aos filmes do 007. Mas, confesso minha decepção, ao sair de Skyfall. De cara, achei que o filme seria sensacional. A menção a uma lista já bem citada em Quantum of Solace! A disputa em cima do trem, o desenrolar disso, as cenas em Xangai.... Então, começa um desenrolar que foi me cansando um pouco. Um James Bond mais vagaroso, sem aquelas armas que eu tanto gosto. Qual o carro do Bond neste filme? Ou o relógio magico? Nenhum celular e caneta espetaculares? Todas as super armas secretas, que tanto animaram 50 anos do agente são, simplesmente, substituídos por um radio (que poderia ser o gps de um celular) e uma arma sensorial, que some antes de sua primeira utilização? O simpático Dr. Q, e substituído por um garoto, que acompanha tudo de uma tela, o que e até legal, mas incompleto demais. Sobra explosão e adrenalina, mas faltam as característica do agente mais querido de todos os tempos.
Além de cenas infelizes em que parece que Daniel Craig imita o menino Kevin, de esquecer de mim, temos a morte de M., necessaria, sm, mas colocada de uma maneira seca, ao meu ver. Para mim, porem, o que mais descaracteriza o agente, e que vi com tristeza, foi a falta de sensualidade e flerte ao longo do filme. Bond e um personagem quente, apaixonado, e que nao deixa, nunca sitaucoes sensuais passarem. O oposto do personagem quase deprimido com que deparei neste filme. Para mim, que acho tão difícil decidir o melhor filme da franquia, o pior já esta eleito. Skyfall ganhou em efeitos e perdeu em conceito James Bond. Um filme que parece feito para conquistar uma nova geração. Sem perceber que segue um conceito que trai seu publico, e sem ser pelo aspecto tecnologico, também nao chega ao jovem, que me pareceu mais interessado em lotar as filas para assistir Crepúsculo.
Que venha o próximo, como o bom e velho Bond, James Bond.
terça-feira, novembro 13, 2012
De volta, de novo.
A alegria tomou conta de mim, hoje, ao ler um comentario sobre o retorno dos meus posts no blog.
Aqui, onde meus pouquissimos leitores (sim, bem poucos, media diaria de 10), sao parecidos comigo e gostam de ler, silenciosos, sem se manifestar, eu ainda tenho uns poucos assiduos, amigos, que comentam o que escrevo. E me honram muito com isso, ja que eu, muito raramente, comento sobre o que leio nos blogs deles.
Por isso, receber um caloroso comentario sobre a retomada dos meus posts, me deixou com o coracao aquecido. Muito simples ate, de entender. Enqunto tantos blogs falam de moda, decoracao, politica, gastronomia... Este blog, trata de tudo o que eu considero importante. E de nada especifico.
Aqui, pode-se ler sobre uma viagem, ver um video, refletir sobre sentimentos e comportamentos (sentidos ou ouvidos), e uma visao de mim mesma e dos outros sobre o mundo.
As experiencias que me acompanham desde 2006, quando percebi que seria muito mais legal eu iniciar um blog do que ficar protelando a oficina literaria, vao virando textospor aqui. Os poemas, que escrevia de forma solta, aqui ganham mais sentido.
E tudo acompanha meu ritmo de vida, inspiracao, e humor. Minha paixao por esse cantinho, e pela leitura de outros tantos blogs que fui conhecendo, quase todos assim, parecidos com o meu, foi se tornando gande, Ate carta publicada na Zero Hora eu tive, em um momento em que alguem (um dos grandes escritores gaucos, durante a Feira do Livro) ousou dizer que os blogs nao poderiam ser considerados uma forma adequada de escrita, e jamais comparados a um livro. So um pouco, muitos sao excelente, e melhores que muitos livros auto-editaveis!
Entao, hoje, eu vivo essa relacao de amor com meu espaco virtual. Dou meu tempo, quando a inspiracao some, ou quando o tempo se extingue. Mas sempre volto quando a saudade aperta. Com sede e fome! Ca estou, de novo. E se os planos correrem como o esperado, para passar primavera, verao e outono, escrevendo!
Ate porque, mesmo quem critica a nos, os escreitores de blogs (blogueiro para mim e quem ganha a vida com os blogs, nao e meu caso!), volta e meia da uma espiadinha em algum blog da rede...
E se meus 10 leitores ainda gostam de passar por aqui, eu muito agradeco! Voces fazem meu dia mais bonito, e inspirado.
Aqui, onde meus pouquissimos leitores (sim, bem poucos, media diaria de 10), sao parecidos comigo e gostam de ler, silenciosos, sem se manifestar, eu ainda tenho uns poucos assiduos, amigos, que comentam o que escrevo. E me honram muito com isso, ja que eu, muito raramente, comento sobre o que leio nos blogs deles.
Por isso, receber um caloroso comentario sobre a retomada dos meus posts, me deixou com o coracao aquecido. Muito simples ate, de entender. Enqunto tantos blogs falam de moda, decoracao, politica, gastronomia... Este blog, trata de tudo o que eu considero importante. E de nada especifico.
Aqui, pode-se ler sobre uma viagem, ver um video, refletir sobre sentimentos e comportamentos (sentidos ou ouvidos), e uma visao de mim mesma e dos outros sobre o mundo.
As experiencias que me acompanham desde 2006, quando percebi que seria muito mais legal eu iniciar um blog do que ficar protelando a oficina literaria, vao virando textospor aqui. Os poemas, que escrevia de forma solta, aqui ganham mais sentido.
E tudo acompanha meu ritmo de vida, inspiracao, e humor. Minha paixao por esse cantinho, e pela leitura de outros tantos blogs que fui conhecendo, quase todos assim, parecidos com o meu, foi se tornando gande, Ate carta publicada na Zero Hora eu tive, em um momento em que alguem (um dos grandes escritores gaucos, durante a Feira do Livro) ousou dizer que os blogs nao poderiam ser considerados uma forma adequada de escrita, e jamais comparados a um livro. So um pouco, muitos sao excelente, e melhores que muitos livros auto-editaveis!
Entao, hoje, eu vivo essa relacao de amor com meu espaco virtual. Dou meu tempo, quando a inspiracao some, ou quando o tempo se extingue. Mas sempre volto quando a saudade aperta. Com sede e fome! Ca estou, de novo. E se os planos correrem como o esperado, para passar primavera, verao e outono, escrevendo!
Ate porque, mesmo quem critica a nos, os escreitores de blogs (blogueiro para mim e quem ganha a vida com os blogs, nao e meu caso!), volta e meia da uma espiadinha em algum blog da rede...
E se meus 10 leitores ainda gostam de passar por aqui, eu muito agradeco! Voces fazem meu dia mais bonito, e inspirado.
segunda-feira, novembro 12, 2012
segunda-feira, novembro 05, 2012
o certo que e errado
Algumas pessoas aparecem na vida da gente para nos tornarem melhores. Nos fazem sorrir mais, relaxar mais, nos divertir mais. E ao mesmo tempo, levar tudo um pouco mais a serio.
Pessoas que nos lembram que uma gargalhada gostosa nao precisa de endereco certo. E que um assunto serio, pode ser debatido em lugares totalmente nao convencionais.
Pessoas que falam conosco ao olharem nos olhos da gente. E, dessa forma nos dizem tanto mais, que outras pessoas dizem, com frases enormes.
Pessoas que nos lembram que tudo o que deu errado ate aqui, nao passou a toa. E tudo o que precisa dar certo, ainda tem tempo para acontecer.
Pessoas que sao unicas. E que nem sempre estao, em seu momento de vida, disponiveis para nos.
Algumas pessoas sao tao especiais, que nao podemos ficar muito tempo por perto.
...Ou poderemos nos apaixonar perdidamente por elas.
Pessoas que nos lembram que uma gargalhada gostosa nao precisa de endereco certo. E que um assunto serio, pode ser debatido em lugares totalmente nao convencionais.
Pessoas que falam conosco ao olharem nos olhos da gente. E, dessa forma nos dizem tanto mais, que outras pessoas dizem, com frases enormes.
Pessoas que nos lembram que tudo o que deu errado ate aqui, nao passou a toa. E tudo o que precisa dar certo, ainda tem tempo para acontecer.
Pessoas que sao unicas. E que nem sempre estao, em seu momento de vida, disponiveis para nos.
Algumas pessoas sao tao especiais, que nao podemos ficar muito tempo por perto.
...Ou poderemos nos apaixonar perdidamente por elas.
sentindo a primavera!
Alguns sentimentos sao suaves, como a primavera.
Isso nao quer dizer, que sejam mornos, ou sem graca. Ao contrario, a primavera e a estacao mais rica de todas, em que se reunem as melhores sensacoes.
Na primavera, tudo floresce. Germinam flores coloridas. Enchem-se, de cor, os jardins. Iluminam-se, de sol, os ambientes. E tem-se, ainda, uma pequena lembranca de dias de frio, e a antecipacao dos dias de bastante calor. Por isso, sentimentos como a primevera, sao suaves, mas tambem quentes, e cheios de emocao. Sao floridos, marcantes, profundos, e sim, verdadeiros.
Uma sensacao doce, como o calor leve do sol abracando a pele ainda branca do inverno. O arrepio no corpo, suave como a brisa balancando flores. O perfume de alguem trazendo boas lembrancas. como um jardim florido. A sensacao de quero mais, como aquela que se sente a cada dia da estacao. A adrenalina, tal e qual a de um passeio de barco, rumo ao por do sol primaveril. Borboletas na barriga quando o telefone toca, como se elas invadissem um parque inteiro!
Sentimentos assim, como primavera, sao os que fazem pessoas tentarem ser melhores. Nao destroem sentimentos alheios. Nao pressionam, nao culpam, nao incomodam. Sao o oposto dos sentimentos destruidores e gelados como inverno, ou daqueles pesados e tormentosos, como verao. Tambem nao deixam as folhas derrubadas, dos sentimentos como outono.
Sentimentos como primavera fazem com que tudo fique mais claro, mais simples. Nao se precisam criar fugas, ou desculpas. Basta deixar acontecer, fluir. Afinal, o que pode ser melhor do que se permitir, e experimentar essa suavidade deliciosa da estacao das flores?
Isso nao quer dizer, que sejam mornos, ou sem graca. Ao contrario, a primavera e a estacao mais rica de todas, em que se reunem as melhores sensacoes.
Na primavera, tudo floresce. Germinam flores coloridas. Enchem-se, de cor, os jardins. Iluminam-se, de sol, os ambientes. E tem-se, ainda, uma pequena lembranca de dias de frio, e a antecipacao dos dias de bastante calor. Por isso, sentimentos como a primevera, sao suaves, mas tambem quentes, e cheios de emocao. Sao floridos, marcantes, profundos, e sim, verdadeiros.
Uma sensacao doce, como o calor leve do sol abracando a pele ainda branca do inverno. O arrepio no corpo, suave como a brisa balancando flores. O perfume de alguem trazendo boas lembrancas. como um jardim florido. A sensacao de quero mais, como aquela que se sente a cada dia da estacao. A adrenalina, tal e qual a de um passeio de barco, rumo ao por do sol primaveril. Borboletas na barriga quando o telefone toca, como se elas invadissem um parque inteiro!
Sentimentos assim, como primavera, sao os que fazem pessoas tentarem ser melhores. Nao destroem sentimentos alheios. Nao pressionam, nao culpam, nao incomodam. Sao o oposto dos sentimentos destruidores e gelados como inverno, ou daqueles pesados e tormentosos, como verao. Tambem nao deixam as folhas derrubadas, dos sentimentos como outono.
Sentimentos como primavera fazem com que tudo fique mais claro, mais simples. Nao se precisam criar fugas, ou desculpas. Basta deixar acontecer, fluir. Afinal, o que pode ser melhor do que se permitir, e experimentar essa suavidade deliciosa da estacao das flores?
quarta-feira, junho 06, 2012
Entre livros e nomes
Eu gosto de livros. Das capas, do cheiro, da sensação das páginas. E eu adoro ler os livros. Devorá-los quando sao bons, acompanhá-los, junto a outros, quando nao me ganham nas primeiras paginas. Adoro ter pilhas deles ao meu redor.
Cresci dentro de uma livraria. Nao no sentido figurado. Minha família trabalhava com livros, possuía o que para mim, era o maior tesouro do mundo: uma loja inteira recheada com livros. E eu, pequena, me escondia entre estantes, prateleiras, caixas... Todas lotadas com preciosas e coloridas capas. Papel, que vivia grudado na minha mão, cheirava a perfume, tanto que eu gostava. Palavras, que eu narrava sem nexo, crivam vida, j´q eu tantas vezes nem as entendia. Letras, páginas, um paraíso para uma criança que aos 4 anos ja lia sozinha os livros que tinha ouvido antes de dormir, e que se alfabetizou com a cartilha da Mônica, antes de todos os colegas.
O mais engraçado de tudo isso? Minha maior loucura nos livros sempre foi aquilo que eu menos entendia neles: seus títulos. Desde sempre me lembro de tentar interpretar o que eles tentavam dizer. Nao era a capa colorida que me atraia, mas o nome. A pequena que corria entre os livros, podia ter qualquer mania... Escolheu a única que nao conseguia entender. Os títulos.
Criança que eu era, podia ter todos os livros para minha faixa etária. MAs esses tinham nomes tão óbvios para mim. Tão auto-explicativos.Já aqueles que eu nao podia ler... Ah, os livros mais adultos. Estes, eram, por lógico, os que me atraiam, causavam uma curiosida aguçada: o livro proibido.
Dona Flor e seus dois maridos, A Herdeira, Cem Anos de Solidão, A Hora da Estrela, O Nome da Rosa, Cães da Provincia, o Tempo e o Vento, A Faca de Dois Gumes... A curiosidade me consumia! E até hoje.
Se um viajante numa noite escura, de Ítalo Calvino. O livro que escolhi pelo título. Título dos que mais adoro em muito tempo.
A Famosa Invasão dos Ursos da Sicília, livro infantil que carrego comigo até hoje.Enfeita minha sala de estar... Pelo título, é claro.
Assim foi meu desenvolvimento literário. Nem os grandes nomes da literatura escaparam da minha seleção, pela ordem de títulos, não de grandiosidade de obras. Pequena prepotencia, de quem tudo podia escolher...
Aprendi que muitos títulos eram um resumo da obra. Outros, uma atracão a ela. E até hoje, fico horas olhando uma vitrine de livraria. Horas namorando o que esta ali. Flertando descaradamente com aqueles títulos. Sabe o que? Adoro.
E entre tantas taras e vícios que vejo por aí... Gosto desse meu. Que continue sendo meu vicio, um bom título de livro! De preferencia desfrutado com um cálice de vinho, ao final do dia. Pois aquilo que nutre a alma, nao precisa ser questionado. Apenas, muito bem aproveitado.
Cresci dentro de uma livraria. Nao no sentido figurado. Minha família trabalhava com livros, possuía o que para mim, era o maior tesouro do mundo: uma loja inteira recheada com livros. E eu, pequena, me escondia entre estantes, prateleiras, caixas... Todas lotadas com preciosas e coloridas capas. Papel, que vivia grudado na minha mão, cheirava a perfume, tanto que eu gostava. Palavras, que eu narrava sem nexo, crivam vida, j´q eu tantas vezes nem as entendia. Letras, páginas, um paraíso para uma criança que aos 4 anos ja lia sozinha os livros que tinha ouvido antes de dormir, e que se alfabetizou com a cartilha da Mônica, antes de todos os colegas.
O mais engraçado de tudo isso? Minha maior loucura nos livros sempre foi aquilo que eu menos entendia neles: seus títulos. Desde sempre me lembro de tentar interpretar o que eles tentavam dizer. Nao era a capa colorida que me atraia, mas o nome. A pequena que corria entre os livros, podia ter qualquer mania... Escolheu a única que nao conseguia entender. Os títulos.
Criança que eu era, podia ter todos os livros para minha faixa etária. MAs esses tinham nomes tão óbvios para mim. Tão auto-explicativos.Já aqueles que eu nao podia ler... Ah, os livros mais adultos. Estes, eram, por lógico, os que me atraiam, causavam uma curiosida aguçada: o livro proibido.
Dona Flor e seus dois maridos, A Herdeira, Cem Anos de Solidão, A Hora da Estrela, O Nome da Rosa, Cães da Provincia, o Tempo e o Vento, A Faca de Dois Gumes... A curiosidade me consumia! E até hoje.
Se um viajante numa noite escura, de Ítalo Calvino. O livro que escolhi pelo título. Título dos que mais adoro em muito tempo.
A Famosa Invasão dos Ursos da Sicília, livro infantil que carrego comigo até hoje.Enfeita minha sala de estar... Pelo título, é claro.
Assim foi meu desenvolvimento literário. Nem os grandes nomes da literatura escaparam da minha seleção, pela ordem de títulos, não de grandiosidade de obras. Pequena prepotencia, de quem tudo podia escolher...
Aprendi que muitos títulos eram um resumo da obra. Outros, uma atracão a ela. E até hoje, fico horas olhando uma vitrine de livraria. Horas namorando o que esta ali. Flertando descaradamente com aqueles títulos. Sabe o que? Adoro.
E entre tantas taras e vícios que vejo por aí... Gosto desse meu. Que continue sendo meu vicio, um bom título de livro! De preferencia desfrutado com um cálice de vinho, ao final do dia. Pois aquilo que nutre a alma, nao precisa ser questionado. Apenas, muito bem aproveitado.
terça-feira, junho 05, 2012
Se eu puder só por uns dias, te carregar num potinho...
Te ter só pra mim, sempre comigo, sempre ao meu lado.
Saber que onde eu estiver, estás; onde estiveres, estou,
Te ter a qualquer momento, definir teus passos.
Ainda assim, prefiro a incerteza do hoje,
Prefiro a ausência de horários, o nada saber.
Prefiro não te ter comigo,
Ao risco de perder o que mais amo em ti,
aquilo que tens de mais bonito:
Teu gosto pela liberdade.
quero que você me leve...
Bastou eu me distrair um pouquinho e lá esta ela de novo, me
apresentando as coisas de uma maneira diferente.
Mas a a vida, que adora me pregar surpresas, resolveu me mostrar que ela é muito mais rápida e decidida do que eu. Deu os giros dela ao meu redor, ocasionou encontros (ou seriam desencontros?) e colocou os trilhos de um trem cheio de pólvora no lugar mais perigoso que eu conheço: ao meu lado.
Aconteceu, antes de eu realizar o que era. Aconteceu.... E foi bom, foi intenso, foi surpreendente. Na verdade, foi como o inesperado, que bate a porta, apenas para dar um sorriso, deixando uma sensação de encanto. Foi a vida, mostrando que está cheia de alegria para ser vivida.
Sim, por que a vida é meio brincalhona com a gente não é
mesmo? A gente acredita que manda em tudo... faz escolhas, decide as coisas. A
gente adora dizer: “tá tudo dominado!”. Mas, sabe o que? Ela, a vida, está
sempre ali, só pensando no momento exato em que vai dar aquela empurradinha na
gente pra mostrar que com ela, a prepotência não funciona muito bem. A gente
não decide tudo. No máximo, escolhe entre as opções que ela nos apresenta!
E então, foi assim que aconteceu comigo. De novo. Eu estava
lá, cheia de problemas. Confusa, perdida. Sem saber muito bem o que pensar de
tantas coisas que aconteciam. Acho ate que estava precisando de colo...
Acreditando que o melhor que tinha a fazer era ficar escondida em mim mesma. Procurar
o meu silêncio, já que ele me entende melhor que muito barulho.Mas a a vida, que adora me pregar surpresas, resolveu me mostrar que ela é muito mais rápida e decidida do que eu. Deu os giros dela ao meu redor, ocasionou encontros (ou seriam desencontros?) e colocou os trilhos de um trem cheio de pólvora no lugar mais perigoso que eu conheço: ao meu lado.
Aconteceu, antes de eu realizar o que era. Aconteceu.... E foi bom, foi intenso, foi surpreendente. Na verdade, foi como o inesperado, que bate a porta, apenas para dar um sorriso, deixando uma sensação de encanto. Foi a vida, mostrando que está cheia de alegria para ser vivida.
E agora, hoje, eu estou aqui... sem saber se fico, ou se
corro. Sem saber se abraço, ou se morro. Sem saber se me entrego pra essa vida
tão louca e surpreendente, ou se encaro meus medos todos... um a um, sentada na
janela. Vendo ela, essa minha amiga vida, passar...
quarta-feira, maio 02, 2012
teus olhos nus
Teus olhos me despem, como temporal. Como uma ventania tiram
minha roupa, roubam meus pensamentos, invadem minha alma. Olham profundamente,
como nuvens pesadas invadindo o mar. E se fecham para mim, repentinamente, com o jeito distante de uma tormenta que termina;
Teus olhos me despem, como brisa. Brincam com meus ombros, tentam desvendá-los, quase desajeitadamente. Olham serenamente, com lentidão, como se me carregassem de leve. E piscam para mim, enigmaticamente, me intimidam sem demonstrar se querem me tratar como vento ou mormaço;
Teus olhos me despem, como brisa. Brincam com meus ombros, tentam desvendá-los, quase desajeitadamente. Olham serenamente, com lentidão, como se me carregassem de leve. E piscam para mim, enigmaticamente, me intimidam sem demonstrar se querem me tratar como vento ou mormaço;
Teus olhos me despem, como chuva de verão. Beijam meu corpo,
refrescam minha mente, arrepiam todos os cantos dos meus pensamentos. Olham
displicentemente, como se pudessem levar cada suspiro meu em suas nuvens
passageiras. E sorriem para mim, antes de se turvarem, subitamente, tal como
acontece com as poças d´água;
Teus olhos me despem, como raios de sol. Cobrem minha pele com
cor de alegria, e meus sentidos com prazer do aconchego. Olham com calor, iluminam o que vejo e sinto,
deixam tudo mais bonito. E me cegam, tiram meu chão sem mais nem menos, como acontece com
quem olha o sol, sem filtro, direto na retina.
Teus olhos me despem, e me impedem de identificar se meus
olhos também te despem. Teus olhos me despem, e me impedem de te ver como és, realmente.
Teus olhos me despem, e me pregam peças sobre meus sentimentos. E quanto mais teus olhos me despem, mais
quero descobrir, quando meus olhos vão, realmente, despir os teus. Teus olhos
me despem, só, por enquanto...
sexta-feira, abril 27, 2012
eterna frustração
Somos insatisfeitos por natureza. E por isso gastamos muito
tempo da nossa vida com bobagens que, se vistas objetivamente, seriam
facilmente definidas.
Somos insatisfeitos por natureza. Praticamos o apego para nos desapegar, e o desapego para nos apegar. Quando queremos iniciar uma relação, somos sabotadores de nós mesmos. Quando queremos termina-las, a levamos ao limite, para conseguirmos dar o ponto final.
Somos insatisfeitos por natureza. Passamos a vida tentando entender o que não tem explicação. Tentando achar explicação para o que não se entende. Estamos sempre argumentando, debatendo, discutindo, pelo simples prazer de estar certo.
Somos insatisfeitos por natureza. Ensinamos a matemática na escola. Mas não ensinamos que ela se aplica na vida, e desde sempre. Somos preparados a somar, multlipicar, dividir, diminuir; mas não a lidar com as perdas, serenamente.
Somos insatisfeitos por natureza. E com isso gastamos, frustrados, um tempo precioso em que poderíamos estar, simplesmente, sendo felizes.
Somos insatisfeitos por natureza, buscamos sempre algo a
mais. Olhamos as conquistas alheias, e acreditamos que as nossas não são
suficientes.E despendemos muito tempo para atingir mais, apenas por que vira um padrão.
Somos insatisfeitos por natureza. Inquietos, acreditamos que
algo sempre falta. Esquecemos de celebrar aquilo que nos foi muito árduo para
conseguir. Quando chegamos a um objetivo, já estamos tentando ir mais longe.Somos insatisfeitos por natureza. Praticamos o apego para nos desapegar, e o desapego para nos apegar. Quando queremos iniciar uma relação, somos sabotadores de nós mesmos. Quando queremos termina-las, a levamos ao limite, para conseguirmos dar o ponto final.
Somos insatisfeitos por natureza. Passamos a vida tentando entender o que não tem explicação. Tentando achar explicação para o que não se entende. Estamos sempre argumentando, debatendo, discutindo, pelo simples prazer de estar certo.
Somos insatisfeitos por natureza. Ensinamos a matemática na escola. Mas não ensinamos que ela se aplica na vida, e desde sempre. Somos preparados a somar, multlipicar, dividir, diminuir; mas não a lidar com as perdas, serenamente.
Somos insatisfeitos por natureza. E com isso gastamos, frustrados, um tempo precioso em que poderíamos estar, simplesmente, sendo felizes.
quinta-feira, abril 12, 2012
Inferno... Astral!
O período de 30 dias que antecede o nosso aniversario, e chamado na astrologia de Inferno Astral.
Eu, que adoro ser do contra, mas tão do contra que tenho gato preto e amo sexta 13, achava isso uma bobagem. Obvio que esse seria meu mais produtivo período no ano. E sempre foi. Ou sempre foi tão indiferente, que nunca pensei no assunto.
Sabe aquela crenca idealizada de que as pendências se resolviam, e os assuntos eram finalizados?
Enfim, nao sei se o tempo passou, minha crença mudou, ou simplesmente dei azar mesmo... Tudo esta diferente. Problemas que nao consigo resolver, dificuldade de comunicação (sim, comigo), coisas que deveriam ter acontecido e nao aconteceram... E um mau humor, que nao me e comum.
Tudo isso me fez buscar uma explicação, que que poderia estar ocorrendo, nestes últimos 20 dias, comigo. A resposta, certa ou nao, mas alentadora me dizia: inferno astral, entre 22 de marco e 21 de abril. Então, isso e inferno astral? Essa e a sensação ruim, que nunca experimentei? Amigos, eu digo... Nao desejo a nenhum de vocês!
Tomara que eu só tenha mais 9 dias assim. E que então, as portas do Paraíso se abram para mim!
Enfim, nao sei se o tempo passou, minha crença mudou, ou simplesmente dei azar mesmo... Tudo esta diferente. Problemas que nao consigo resolver, dificuldade de comunicação (sim, comigo), coisas que deveriam ter acontecido e nao aconteceram... E um mau humor, que nao me e comum.
Tudo isso me fez buscar uma explicação, que que poderia estar ocorrendo, nestes últimos 20 dias, comigo. A resposta, certa ou nao, mas alentadora me dizia: inferno astral, entre 22 de marco e 21 de abril. Então, isso e inferno astral? Essa e a sensação ruim, que nunca experimentei? Amigos, eu digo... Nao desejo a nenhum de vocês!
Tomara que eu só tenha mais 9 dias assim. E que então, as portas do Paraíso se abram para mim!
segunda-feira, abril 02, 2012
Sem dor
E o que parecia impossível, pode realmente acontecer. Uma sensação de vazio, um sentimento de afastamento. A estranha distancia que sempre se julgou inatingível.
Quando todo um sentimento que se tem, torna-se o nada, torna-se o vácuo, torna-se a indiferença. Como, se um dia foi tão intenso? Como, se um dia pareceu matar? Como, se um dia levou a uma dor lancinante? Respostas que nao são encontradas facilmente, apenas são.
E se realmente, for preciso usar palavras para entender o por que, de algo tão imponente se tornar tão frágil, eu diria que só uma explicação pode realmente ser condizente a tal sensaacao: o tempo, realmente, serena tudo.
Quando todo um sentimento que se tem, torna-se o nada, torna-se o vácuo, torna-se a indiferença. Como, se um dia foi tão intenso? Como, se um dia pareceu matar? Como, se um dia levou a uma dor lancinante? Respostas que nao são encontradas facilmente, apenas são.
E se realmente, for preciso usar palavras para entender o por que, de algo tão imponente se tornar tão frágil, eu diria que só uma explicação pode realmente ser condizente a tal sensaacao: o tempo, realmente, serena tudo.
quarta-feira, março 28, 2012
começando, de novo
E então, tudo retoma seu eixo. As coisas voltam, pouco a
pouco, para o seu lugar. O friozinho, gostoso, retorna. O anoitecer cai mais
cedo, e o amanhecer mais tarde. Fica difícil levantar pela manhã. A vontade de
ficar embaixo do edredon, ou de estar em casa, reunido com amigos, é quase uma
súplica. A agradável sensação de bem-estar e de estar bem. Retornar para casa
e sentir que ir para a rua, não é mais a melhor pedida vira quase uma
benção.
Ter uma rotina normal. Menos eventos sociais. Menos necesidade de estar nos lugares para aproveitar as oportunidades de contato. Ter um cantinho quieto para trabalhar, trocar idéias com pessoas animadas, que adoram o que fazem. Não sentir o dia passar, por que a cada hora se tem mais coisas para pensar, mais ideias para desenvolver.
Chegar em casa e ter a sensação de entrar em uma festa, quando na verdade o que se tem é a alegria dos filhotes (que mais parecem gente, é verdade) esperando na porta, ansiosos por carinho e atenção. Escolher qual a melhor programação, para a noite, para o final de semana, para o momento de folga. Livro, filme, seriado, bate-papo, cozinha.... ou ainda todos juntos, misturados.
A deliciosa sensação de não precisar agradar a ninguém mais,
além de si mesmo. E se precisar de desculpa? É o frio!
Será que já não vi essa novela antes? Certamente, no inverno passado. Trata-se apenas de um delicioso Vale a Pena Ver de Novo.
Ter uma rotina normal. Menos eventos sociais. Menos necesidade de estar nos lugares para aproveitar as oportunidades de contato. Ter um cantinho quieto para trabalhar, trocar idéias com pessoas animadas, que adoram o que fazem. Não sentir o dia passar, por que a cada hora se tem mais coisas para pensar, mais ideias para desenvolver.
Chegar em casa e ter a sensação de entrar em uma festa, quando na verdade o que se tem é a alegria dos filhotes (que mais parecem gente, é verdade) esperando na porta, ansiosos por carinho e atenção. Escolher qual a melhor programação, para a noite, para o final de semana, para o momento de folga. Livro, filme, seriado, bate-papo, cozinha.... ou ainda todos juntos, misturados.
Será que já não vi essa novela antes? Certamente, no inverno passado. Trata-se apenas de um delicioso Vale a Pena Ver de Novo.
sábado, março 24, 2012
Tentativa e erro/acerto... ou Teimosia e erro?
A vida é feita de tentativas, erros e acertos. Na teoria, se
não tentarmos, não acertaremos. E deveria funcionar assim mesmo.
Isso se o ser humano não funcionasse de um modo tão
complicado, tão estranho. Não fosse, ele mesmo, seu maior carrasco.
Sim, porque a vida é nossa maior sala de aula. Aprendemos a
cada dia coisas novas e temos condições de assimilar comportamentos, culturas,
situações e tantas coisas que vemos na rua, mesmo fora de cursos e faculdades. Cabe
a nós, filtrarmos o que temos a nossa disposição, aproveitando e transformando
em algo mais. E aí, voltar ao ponto da tentativa e erro.
Quanto mais tentarmos, praticarmos, mais acertaremos. Certo?
Nem sempre. Nosso cérebro, essa coisa complicada, complexa e misteriosa, que
está no topo do nosso corpo, é muito mais inteligente e danado do que quem ele
coordena. E ele adora pregar peças. A maior delas? Ele nos ensina algumas
coisas rapidamente, mas não deixa isso tão claro assim. Não tem legendas, nem
diz que algo está arquivado. Depende da nossa percepção, do nosso “feeling” e
dos nossos filtros, para captar aquilo que esta ali. E ele permite algo chamado
“auto-engano” com frequência. Nós, seres humanos teimosos que somos, insistimos
em repetir comportamentos e situações por pura teimosia.
Pois é. Teimosia. Aquilo que nos faz saber que algo que
fizemos 5 vezes de um jeito, não pode ter resultado diferente se feito igual. Não
se trata de continuar praticando, afinal, já deu errado (e ainda assim, repetimos).
Essa insistência a que chamamos, tão inadequadamente, de persistência (sem
percebermos a diferença) é algo que nos leva a resultados iguais e ruins.
Então, continuamos errando, e nos dizendo que vamos conseguir: Ah, uma hora vai
dar certo.
E assim, escolhemos pessoas erradas. Escolhemos trabalhos
errados. Escolhemos amigos errados. E até casas, viagens e roupas. Na verdade,
escolhemos uma vida inteira cheia de frustações, simplesmente por que tentamos
viver um conceito que não é aquele que precisamos, mas aquele que insistimos em
ter. Acreditamos viver de tentativas e erros para conseguir acertar, enquanto na
verdade, estamos apenas sendo mais teimosos conosco, do que merecemos.
Estamos teimando em viver algo que já vimos que não vai dar
certo, ao invés de permitir que os tantos acertos que foram registros, criem um
novo arquivo, e nos dfeixem reprogramar as coisas, só um pouquinho...
sexta-feira, março 09, 2012
como nossos pais....
Na minha época de adolescente, as paixões platônicas eram normais.
Saudáveis. Interessantes.
Nos apaixonávamos por um menino de outra classe, outra
escola, ou do curso de inglês. Mas
éramos jovens demais, imaturas demais, ingênuas demais, para tomarmos
qualquer iniciativa de contato. A educação, totalmente controlada, nos dizia
que meninas podiam e deviam ter determinados comportamentos, meninos outros. O
frio na barriga era uma constante. A incerteza, um companheiro fiel. Nunca tínhamos
a idéia de se o alvo de nossa paixão,
estaria na reunião dançante dos colegas, ou na festinha do clube. Qualquer
encontro era motivo de euforia.
O tempo passou. Adolescentes, hoje, agem como adultos. Ou
pior, porque eu, adulta, nunca agi como tantos destes jovens que vejo por aí.
Não sei se a repressão de minha geração, a necessidade de fugir, e driblar, os
pais era a melhor forma de viver. Não sei se era correta, ou se formou uma
geração mentalmente sadia, apesar de me considerar uma pessoa sã. Mas essa
geração que vejo hoje nas ruas, essa deturpação de valores, essa liberação e
desregramento, sinceramente, me assusta.
Meninos e meninas,
que descobriram muito mais da vida do que eu, mulher feita, adulta. Meninos que
não sabem o que fazer com o tanto que já se permitiram. Meninos que já
experimentaram tudo, e não sabem mais para onde ir.
Será que minha mãe pensava assim de nós?
Eu me considero uma pessoa open mind, jovem, e desencanada.
Acho que fui tão reprimida que, assim que pude, me libertei das minhas correias
e grades, para entender o que era ser livre. Não tenho preconceitos, nem
preceitos. Acredito que as pessoas busquem seus caminhos, e eles não devem, nem
irão, me dizer respeito. Não julgo, ou tento não julgar. Mas, ainda assim, me
vejo olhando essa nova geração, preocupada.
Sinto que crianças, jovens, adolescentes, estão sendo
entregues a vida adulta, cada vez mais, sem preparo. Sem chances de discernir a
razão de suas escolhas.
Eu acho que meu medo é relevante. E justificável. Mas... Talvez
eu fale, e pense, como minha mãe o fez um dia.... E se a vida é cíclica, como
poderia ser diferente?
quinta-feira, março 08, 2012
A separação ou a consequencia?
Penso há alguns dias sobre o filme que assisti no final de
semana. A Separação, filme iraniano do diretor Asghar Farhadi, que ganhou o Oscar de melhor
filme estrangeiro. Merecido, o prêmio. Filme espetacular.
Me surpreendeu muito.
Eu, que estou, seguidamente, com um livro na mão, versando
sobre a situação das mulheres, em países de regime muçulmano, esperava
encontrar um filme que apontasse apenas esses temas. E que se desenrolasse em cenários
que normalmente ocupam as páginas destes livros: riqueza em casas suntuosas,
onde apesar do luxo, mulheres ainda precisam se submeter ao que prega o Corão;
ou regiões dominadas pela pobreza, com fugas, tristezas e dramas que emocionam
até os mais duros corações.
Não foi nada disso que encontrei, em A Separação.
O filme retrata a
situação de uma família de classe média, onde valem sim, os preceitos do Corão.
Em algumas situações, modernizados, em outras, nem tanto. Ainda há choque, revolta, tristeza. E há um
olhar de esperança e indagação (ou seria de resignação?). Os olhos, da filha do
casal que se separa, são a grande janela para a alma dos personagens. O olhar
da menina traduz covardia, orgulho, medo, crença, amor, incerteza. Traduz o
desenrolar de tudo o que vemos. Os sentimentos ditos, e os escondidos. E ela usa,
para isso, uma sutileza escancarada.
A maior surpresa para mim? É que partir desse olhar de
adolescente, com tudo para viver, somado a presença de um idoso, que já não tem
mais esperanças, e ao surgimento de situações imprevisíveis, temos o sumo do
filme. Sua essência. Como o imprevisível pode afetar nossa vida? O que o acaso,
e a ordem dos acontecimentos podem ter, resultar? Enquanto se desenrola o filme,
pode-se perceber que eventuais mudanças, atos diferentes, ações que, talvez,
não tivessem sido feitas como foram, mudariam todo o resultado do que temos na
tela. Afinal, não é assim nossa vida? Um roteiro que cresce, ganha ainda mais
vida, junto às emoções de um sistema religioso que nos é tão distante. E o que
virá depois? Qual a consequência disso? E isso é o mais envolvente nessa
estória! Me senti tão longe, e ao mesmo tempo tão perto do que se passava na
minha frente.
Vendo os letreiros finais, ainda me perguntava o que eu
realmente queria que acontecesse no filme. E o que, efetivamente, acreditaria
acontecer, se a narrativa fosse baseada em fatos reais. Seria possível, um final feliz?
sábado, março 03, 2012
olhando no espelho
Invejo os corajosos. Admiro os destemidos. Me encanto com
os batalhadores.
Sou uma medrosa. Descaradamente apavorada. Tenho medo de
escuro, de frio, de arma de fogo, de sofrimento. Tenho muito medo de morrer antes da hora.
Tenho medo de amar mais do que ser amada, e ainda mais medo de que me amem mais
do que eu possa amar. Sou assim, uma bela fachada, cheia de retalhos
apavorantes. E reconheço cada um destes pedaços de pano, que me constituem, e me formam.
Algumas vezes me exponho aos riscos. Riscos que parecem
irresponsáveis. Insanos. Impensados. Mas que sei, nunca são riscos reais, como deveriam, ou poderiam, ser. No fundo, não vou além da
terra plana. Não me atiro em águas escuras. Preciso sempre ver o fundo. Saber onde piso.
Queria andar na montanha russa. Queria descer em queda
livre. Ou saltar num bung-jump. Queria descer corredeiras ou conseguir,
simplesmente, mergulhar. Queria me encontrar frente-à-frente com meus medos, e
enfrentá-los. Conversar com eles. Pedir que me deixassem, ao menos por um
tempo.
Queria essa sensação
de liberdade, completa e sem limites, que apenas os corajosos tem. Mas ela parece não me pertencer. Me soa como
algo distante. Parece uma sensação
sobre a qual não tenho nenhum poder.
E se essa sensação, ilusória, que vaga sobre mim,me tranquiliza, ao menos temporariamente, trazendo essa falsa imagem que faço de mim mesma. Como me sinto, de verdade? Uma mulher, como
tantas, incapaz de enfrentar qualquer medo, mas em constante aprendizado, tentando superar os meus próprios pavores.
sábado, janeiro 07, 2012
Definições que são tão curtas,
Decisões tomadas rápidas,
Escolhas que ficam duvidosas.
Num rompante.
Desperta paixões,
Cria ilusões.
Sem perceber, de vez.
Decisões tomadas rápidas,
Escolhas que ficam duvidosas.
A vida passa num assombro,
Num rompante.
Desperta paixões,
Cria ilusões.
E eu aqui, perdida entre as tremendas
sensações que me despertas.
Dividida entre o desejo de ser eu mesma, e me atirar em ti de
uma só vez,
E o medo de ser demais, e te perder,
Sem perceber, de vez.
mais um bom ano pela frente
E então, uma semana de mais um ano se passou.
Quem espera os milagres do novo ano, pode acreditar, ainda,
que eles virão, existem mais 360 dias para isso. Quem espera os milagres de si
mesmo, aqueles internos, trabalhados, pode pensar que eles apenas começam a
acontecer. Basta dar o primeiro passo.
Eu acredito nos milagres que construirei para mim nesse ano
que começou. Acredito no tanto de trabalho que tenho pela frente. Em todos os
aspectos. Trabalho para ser uma pessoa melhor, mais humana, mais generosa.
Trabalho para ser alguém mais focado, alguém mais objetivo, alguém mais
centrado. Trabalho para abrir as portas que deixei fechadas lá trás.
Terei trabalho para ser alguém em constante revolução. E em
adaptação.
O que esse novo ano me traz, e 2011 não conseguiu me dar,é o
final de um ciclo muito doído. Onde mágoas puderam finalmente ficar para trás,
e lembranças puderam se acomodar. Onde tudo se aquietou e serenou dentro de
mim. O que o ano que passou me trouxe, foi um grande filtro: de pessoas,
pensamentos e crenças. Filtro de tudo aquilo que não quero, não preciso, e não
mereço ter, mais, próximo a mim. E com esse filtro, tenho condições de
transformar o novo ano em algo mais sincero e honesto. Em algo que me faz
acreditar, em todos os momentos que, seu posso fazer meu próprio milagre, todos
podem!
Feliz 2012 para cada um que acredita que o ano começa em si
mesmo!
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