Isso se o ser humano não funcionasse de um modo tão
complicado, tão estranho. Não fosse, ele mesmo, seu maior carrasco.
Sim, porque a vida é nossa maior sala de aula. Aprendemos a
cada dia coisas novas e temos condições de assimilar comportamentos, culturas,
situações e tantas coisas que vemos na rua, mesmo fora de cursos e faculdades. Cabe
a nós, filtrarmos o que temos a nossa disposição, aproveitando e transformando
em algo mais. E aí, voltar ao ponto da tentativa e erro.
Quanto mais tentarmos, praticarmos, mais acertaremos. Certo?
Nem sempre. Nosso cérebro, essa coisa complicada, complexa e misteriosa, que
está no topo do nosso corpo, é muito mais inteligente e danado do que quem ele
coordena. E ele adora pregar peças. A maior delas? Ele nos ensina algumas
coisas rapidamente, mas não deixa isso tão claro assim. Não tem legendas, nem
diz que algo está arquivado. Depende da nossa percepção, do nosso “feeling” e
dos nossos filtros, para captar aquilo que esta ali. E ele permite algo chamado
“auto-engano” com frequência. Nós, seres humanos teimosos que somos, insistimos
em repetir comportamentos e situações por pura teimosia.
Pois é. Teimosia. Aquilo que nos faz saber que algo que
fizemos 5 vezes de um jeito, não pode ter resultado diferente se feito igual. Não
se trata de continuar praticando, afinal, já deu errado (e ainda assim, repetimos).
Essa insistência a que chamamos, tão inadequadamente, de persistência (sem
percebermos a diferença) é algo que nos leva a resultados iguais e ruins.
Então, continuamos errando, e nos dizendo que vamos conseguir: Ah, uma hora vai
dar certo.
E assim, escolhemos pessoas erradas. Escolhemos trabalhos
errados. Escolhemos amigos errados. E até casas, viagens e roupas. Na verdade,
escolhemos uma vida inteira cheia de frustações, simplesmente por que tentamos
viver um conceito que não é aquele que precisamos, mas aquele que insistimos em
ter. Acreditamos viver de tentativas e erros para conseguir acertar, enquanto na
verdade, estamos apenas sendo mais teimosos conosco, do que merecemos.
Estamos teimando em viver algo que já vimos que não vai dar
certo, ao invés de permitir que os tantos acertos que foram registros, criem um
novo arquivo, e nos dfeixem reprogramar as coisas, só um pouquinho...
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