Só que pelo que eu tenho visto, a primeira medida é saber sobre o que estamos falando. Afinal, como pensar em conscientização, se a maioria das pessoas sequer sabe qual o público a atingir? E honestamente? Eu acredito que o público que respondeu essa pesquisa, na maioria, dificilmente será atingido por aqui, internet.
Então, me rendo e escrevo. Se 3 ou 4 pessoas lerem o que estou postando, e conseguirem pulverizar um pouco o que realmente está ali, já estamos começando a falar a coisa certa. A campanha que está por aí, vai atingir muita gente, de um perfil bem específico. Mas precisamos mais para que chegue nas senhorinhas e mães e avós e carolas, e esposas que formaram a maioria feminina que respondeu essa pesquisa. Então vamos nos armar com informação. E combater com ela o que está na rua, que é periclitante. Por que não foi só o bandido, ou só o homem que foi analisado no estudo, o rombo é maior.
Pontuando os fatos:
- Esse assunto, polêmico, que tomou conta das redes sociais, com uma campanha chamada " Eu não mereço ser estuprada" começou com o resultado de um estudo realizada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que acontece todos os anos para avaliar os indicadores de percepção social, e que é feita em lares brasileiros com homens e mulheres sobre políticas públicas. O mote deste ano era a violência contra a mulher.
- Foram visitados mais de 3.800 casas entre maio e junho desse ano, em 212 cidades do Brasil. O mais assustador, é que 66% das pessoas entrevistadas eram mulheres (sim, acreditem!)
- A pesquisa trouxe dados que mostram uma sociedade machista e ainda bastante patriarcal, que tenta culpar a mulher pelo que acontece de violência com ela, e busca o controle do corpo feminino, e mais, uma sociedade em que a mulher ainda é subordinada ao homem. Isso, em um estudo feito na maioria com mulheres. É a realidade da nossa sociedade.
- Na pesquisa, 65% dos entrevistados acreditam que a roupa usada pelas mulheres pode induzir, provocar, originar um estupro. É a "existência da cultura do estupro" no país, segundo os pesquisadores. Na mesma linha de pensamento, 58% dos pesquisados creem que se a mulher soubesse se comportar, o número de estupros seria menor.
- Ainda apresentando outros números chocantes, 63% dos analisados acreditam que a violência doméstica contra a mulher deve ser debatida apenas dentro de casa, pelos membros da família. Num total, 91% dos ouvidos, concordam com a prisão de maridos violentos, mas apresentam discursos divergentes ao longo da respostas posteriores. São números bastante alarmantes!
- Ainda apresentando outros números chocantes, 63% dos analisados acreditam que a violência doméstica contra a mulher deve ser debatida apenas dentro de casa, pelos membros da família. Num total, 91% dos ouvidos, concordam com a prisão de maridos violentos, mas apresentam discursos divergentes ao longo da respostas posteriores. São números bastante alarmantes!
- Pode-se afirmar que os jovens e as regiões Sul e Sudeste apresentam menores chances de culpabilidade do comportamento feminino na violência. O mesmo parece ocorrer nas metrópoles mais ricas e com níveis educacionais mais elevados.
- A pesquisa também revelou o incomodo de brasileiros em altos índices de 59% no que trata das relações homoafetivas.
- Abaixo quadro com alguns resultados: