sexta-feira, maio 30, 2014

Quem sabe...

Eu me considero uma pessoa musical. Não como eu gostaria de ser. Não sei cantar. Não sou afinada. Não toco instrumentos. Morro de vergonha da minha voz. Tenho um trauma de infância que terapia nenhuma tira. Mas basta tocar uma música, basta ouvir o som de um piano, basta um acorde de guitarra... meu mundo se abre em luz, em sorrisos, em emoção, em alegria.
Tenho uma música p cada etapa e fase da minha vida, e as vezes uma mesma para vários momentos. Músicas me trazem mais memória afetiva do que cheiros. Quer me conquistar? Me agradar? Me puxa pra dançar uma música bonita. Canta no meu ouvido. Lembra de uma música que tocou quando algo especial aconteceu. Pronto! Morri.
Por isso mesmo, eu achei que não conseguiria mais ouvir uma música que adoro. Uma música que é muito especial. Que eu ouvi em um momento em que me descobri especial na vida de outra pessoa. Por muito tempo, eu não podia ouvir essa música sem dor, tristeza, magoa, arrependimento. E então, a deixei de lado.
E de repente, hoje, depois de muito tempo me vi cantarolando seu refrão. E coloquei a música, que está aqui, no repeat tocando enquanto escrevo. E mais uma vez, uma música de outro tempo faz parte da minha vida. Com outra motivação, outros pensamentos, outros desejos, mas aqui. E mais uma vez, eu percebo como as coisas são certas. Nada é eterno. A vida é cíclica. Sempre haverá uma música para embalar minhas histórias...

terça-feira, maio 27, 2014

Sem tempo

E se for cedo
Deixa que eu fique em teus braços
Deixa que o tempo se arraste

E se for cedo
Deixa que eu me encoste em teu peito
Deixa que a gente nao pense

E se for cedo
Deixa que eu finja um domingo
Deixa que eu role contigo

E se for tarde
Ah se for tarde so dessa vez
Ai eu finjo que e cedo

segunda-feira, maio 26, 2014

Sem final feliz

E então, as coisas mudam. O tempo passa. E aquilo que nos era tão importante, já não é mais. Aquilo que nos era tão precioso, já perdeu um pouco do valor. Passamos a considerar outras coisas. Aprendemos com novas situações. Visualizamos outras oportunidades.
Já aceitamos mais a solidão, não tanto como um estado de espírito, mas como uma opção. Já selecionamos mais as pessoas com quem queremos conviver. Já preferimos um bom livro a uma conversa vazia. Já preferimos, aliás, qualquer coisa, a uma companhia vazia. Entendemos que melhor poucos e bons, a muitos e falhos.
Passamos a ser mais seletivos, menos fúteis. Passamos a ser mais exigentes, menos tolerantes. Passamos a escolher com mais qualidade. Passamos a ter mais certezas.
E então as coisas mudam. E fica mais fácil aceitar o que nos acontece, e nossa responsabilidade sobre tudo. Eu só não sei se fica mais fácil ser feliz. Por que finalmente conseguimos entender que a felicidade não vem com o "para sempre" dos contos de fada. Nós finalmente entendemos que ela vem com um amanhã tem mais... E por isso, é tão difícil alcançá-la.

quinta-feira, maio 22, 2014

A válvula aberta

Essa coisa de escrever em um blog sobre si mesmo, sobre sentimentos, sobre acontecimentos da vida, as vezes se torna bem estranha. É como ter um diário, sem ter mais idade para isso. É como escrever coisas secretas, mas compartilhar com o mundo.
Eu já levei esse blog para a terapia. E depois, em um período em que tentei a análise, o levei para o divã. Honestamente? Nunca entendi muito bem minha motivação de escrever aqui. Ou melhor, a motivação em escrever eu sei bem qual é. Ja o conteúdo desse blog, não...
Dilemas a parte, eu sempre me surpreendo, quando releio minhas pastagens. Como é fácil nos  entregarmos quando escrevemos! Algumas vezes nem iniciamos um texto pensando em nos, e em seguida lá está a pessoalidade...
E então eu penso, por que será que aqui é tão mais tranquilo expor sentimentos, falar com clareza, ter serenidade, e no dia a dia, tudo é tão mais complicado? Por que será que numa tela é fácil expressar o que se sente, e face a face, tão difícil? Relendo meus posts mais antigos, até me questiono sobre decisões que tomei, conselhos que dei, atitudes que não considerei. Enfim, uma vida vivida, talvez, com menos coragem que as letras escritas.
E não posso deixar de me perguntar.... Se não tivesse essa válvula de escape, será que teria passado por algumas situações de maneira diferente?

terça-feira, maio 20, 2014

Dar conselhos para os outros é tão fácil. Por que as vezes olhar para o próprio umbigo, analisar a própria vida, pensar no que ocorre conosco é tão complicado?
Tem momentos em que a gente so precisa parar e analisar, com um pouquinho de frieza, se esta dando espaço para as coisas e pessoas certas. Se esta se respeitando. Se esta fazendo as escolhas adequadas. E dependendo dessas respostas, seguir em frente, ou remanejar algumas coisas.
Tem horas em que so precisamos analisar se nao estamos valorizando demais algum detalhe e deixando de lado algo relevante... Isso sim, pode ser bem serio.

domingo, maio 18, 2014

Hoje

Eu hoje te quero inteiro
Sem meias palavras
Meias verdades
Sem meia luz
Eu hoje te quero inteiro
Sem sentir medo
Sentir falta
Sentir saudade
Eu hoje te quero inteiro
Sem teus avessos
Tuas bobagens
Tuas ressacas
Eu hoje te quero inteiro
Sem contar tempo
Te quero meu
Eu sou entregue

terça-feira, maio 13, 2014

Eu gostaria de viver dias de felicidade e expectativa pura. Gostaria de imaginar que de hoje, ao final dessa semana, nada mais pode acontecer, além de boas notícias.
E se dizem que a vida e feita de troca de energia, eu hoje prometo a mim mesma que farei todo o possível para apenas circular energia positiva e boas vibrações ao meu redor. Serei a mais otimista, a mais tranquila, a mais elevada.
Por que nada vai me deixar mais triste, ou mais desanimada, ou mais preocupada. Por que quando essa semana terminar, eu terei uma e apenas uma constatação a fazer: a felicidade e a expectativa habitam meu ser. E sim, a semana terminou como devia.

sábado, maio 10, 2014

Onde fica a confiança?

O ser humano é um bicho engraçado. Cá estou eu, pensando que as vezes faz falta alguém ligando para saber onde estou, ou que horas chego em casa. Então, no meio da semana, saio para um almoço, com um grupo de pessoas casadas. Homens e mulheres de idades variadas, com tempos diferentes de relacionamento. Qual não foi minha surpresa ao ouvir uma reclamação, unânime, na mesa sobre o excesso de controle dos respectivos cônjuges?
Então, claro, começo a pensar sobre qual a lógica de se entrar em uma relação (ou permanecer nela) se não para confiar? Como estar com alguém que controla e acompanha todos os nossos passos? Verifica nossos horários e lugares? Por favor! Nos dias de hoje, ninguém fica junto se não quiser. Ninguém casa, se não quiser. Ninguém deixa de separar, se não quiser, muito!
Controle estressa a relação. Controle cansa. Controle afasta. Além do mais, um casal não pode virar um só, çerto? Continuam sendo duas pessoas, que trocam e se identificam e querem compartilhar. Continuam sendo dois seres com vidas separadas e muito em comum, mas não um, correto? Caso contrário, não se tornariam desinteressantes? Monótonos?
E então cá estou eu, novamente, sentada e pensando que talvez não seja tão ruim assim não ter ninguém perguntando onde estou a essa hora da noite, ou quando vou chegar. Talvez essa tal liberdade, que as vezes pode até parecer demais, não seja assim tão ruim. Vai que ao invés de uma pergunta bonitinha, virasse um hábito perigoso? 
Porque honestamente? A fase do controle, na minha vida, já passou faz tempo. E mesmo sabendo que pra todo pé torto existe um chinelo velho.... Se for para ter alguém ao meu lado, que queira virar um gêmeo siamês, prefiro continuar assim, bem tranquila e descalça. 

sexta-feira, maio 09, 2014

Leminski

Bem no fundo

No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos
saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.

Atropelando

Nem tudo acontece no tempo da gente. No ritmo da gente. No gosto da gente. Se fosse assim era fácil. Mas não é.
E a vida acaba sendo um tremendo exercício de paciência conosco. Assim como ela da ela tira, assim como abre uma porta fecha outra, assim como ilumina, apaga. Difícil. Mais difícil ainda entender porque a gente se apega a pequenas coisas. Por que a gente se fixa em
pequenos desejos. E porque não deixa, simplesmente, o ritmo ditar nossa própria caminhada.

quinta-feira, maio 08, 2014

Chega sorrateiro, de mansinho, sem que eu te veja
Me surpreende, vem aos poucos, chega perto
Tão perto que eu sinta apenas teu calor
Tão perto que teu cheiro me invada
Tão perto que meu corpo arrepie
E a partir de então eu serei tua, inteira tua

terça-feira, maio 06, 2014

Vicio. Repeat há semanas, e não cansa.

Sweet - Dave Matthews Band

Try to swim, keep your head up
Kick your legs never give up, boy
If I could I'd turn it around
Let me out I wanna get out now
You know the feeling when you're in too deep
And then you make it out the taste so sweet
Sweet
Sweet

I'm too high I wanna come down
And I'm too old to want to be younger now
But if I could I'd turn it around
Let me out I want to get out now 

You know the feeling when you're in too deep
And then you make it out the taste so sweet
Sweet
Sweet

Cover me, cover me, cover me
Till I'm gone
Cover me, cover me, cover me
Till I'm gone
Cover me, cover me, cover me
Till I'm gone
Gone

And if I could I'd turn it around yeah
You know the feeling when you're in too deep
And then you make it out it tastes so sweet


http://youtu.be/nieq42fIcRs

segunda-feira, maio 05, 2014

Mario

Lá se vão 20 anos sem o poetinha Quintana.

Amor
"Quando duas pessoas fazem amor
Não estão apenas fazendo amor
Estão dando corda ao relógio do mundo"

quinta-feira, maio 01, 2014

O meio do caminho

E entao, um dia você acorda e percebe que tem muita vontade de estar com uma certa pessoa. Pode nao ser paixão. Pode não ser amor. Você pode não saber bem o que é isso que esta sentindo. Talvez não seja aquele sentimento convencional, fácil de descrever. Talvez seja algo bem mais complexo. E totalmente inexplicável.
E então, de repente, você percebe que esta totalmente envolvido por um desejo. E esta entregue a uma vontade ensandecida de matar esse desejo. De entender o que e isso que tomou conta do seu pensamento, e do seu corpo, assim, tão de repente.... Mas nao sabe como. Nao tem poder nenhum sobre isso. Nao cabe a você afinal, essas coisas nao são unilaterais.
E então, nesse dia você percebe como pode ser vulnerável a certas coisas. Como uma música certa lhe envolve. Como as palavras bem colocadas lhe tocam profundamente. Como ainda deixa seus olhos e ouvidos serem levados facilmente. E como eles, por mais que você se considere racional, são a chave de tudo para a sua vida.

http://youtu.be/6hvth2bgSVI

Desejo

Eu quero tuas palavras em meu ouvido. Teu tom cadenciado num sussurro leve.

Eu quero tuas palavras em meu ouvido. Teu jeito pausado com volume acetinado.

Eu quero tuas palavras em meu ouvido. Teu ritmo leve em uma ordem clara.

Eu quero tuas palavras em meu ouvido. E quero agora, quero muito.

Essa espera me consome. Esse desejo só aumenta. E essa ânsia se transforma em tudo, menos em prazer.

Bandaid, por favor

Você acha que encontrou alguém incrível. Diferenciado. Maduro. Aberto. E essa pessoa é tudo isso, e ainda é espetacular com você. Você baix...