Quando eu permiti, o tempo transformou a semente que plantei em fruta. E essa fruta em nova semente. Adoçou naturalmente o amargo, ou amargou sutilmente a vida.
Esteve em mim entender a sutileza do tempo. Ou o atropelar. Dependeu do meu jeito, apenas. E da segurança com que tratei cada momento. Porém, ele, o tempo, segue quase sempre mais sábio do que eu. E é a noite, no meu travesseiro, que gosto de ouvir seu sussurro, sempre baixinho, em meu ouvido: me deixe passar que me entenderá.
E tenho, finalmente, entendido o que isso quer dizer. Preciso apenas do meu tempo para fazer cada coisa da maneira correta. E tudo toma seu curso.