coração de luto

Essa semana foi emocinalmente dificil para mim.

Final de semana, a morte de duas pessoas me deixou bastante consternada. Não posso tratá-los por amigos. Não eram. Um, conhecido de poucas ocasões profissionais e algumas reuniões sociais. O outro, amigo de alguém muito especial para mim. Convive muito mais vezes. Me fez rir do jeitão de coroa moleque. A violência com que a vida pode nos sorrir em um instante, e terminar em outro me deixou estarrecida. E desejar abraçar, apoiar, prestar solidariedade à pessoas queridas, e por protocolo, formalidade, educação e até respeito, nao poder, me deixou ainda mais triste.

Esta é a vida. E assim as coisas devem ser. Então foi.

Quando achei que estava tudo mais tranquilo, ou ao menos eu estava me desligando dessa sensação ruim, recebi um telefonema que não gostaria de receber. A avó de uma das pessoas que mais amo no mundo faleceu nesta madrugada. Pessoa que chegará no Brasil sem a chance de se despedir de um familiar tão amado. Dna. Ely, a avó que foi quase mãe da minha amiga, ao longo da vida. Avó que eu conheço e com quem convivi desde muito nova. Avó que será uma saudade e lembrança boa depois que a dor passar, mas hoje é só a dor. Desta vez, eu posso ajudar, confortar, abraçar. Estou indo encontrá-la, fazer isso. Dessa vez, não existem protocolos que me impeçam de dizer "estou aqui, por ti".

Esta é a vida. E assim as coisas devem ser. Então será.