quarta-feira, fevereiro 26, 2014

sem, apenas sem

Se eu conseguisse traduzir em palavras, o que o coração não cansa de me dizer em batidas, talvez, conseguisse escrever aqui, o porque de ultimamente ele bater baixinho. Bater tão cansado, tão abatido, tão amargurado.
Se eu pudesse traduzir em palavras, o que minha cabeça não cansa de avaliar o dia inteiro, talvez conseguisse escrever aqui o porque de ela andar tão inquieta. Pensar tão cansada,  tão abatida, tão esquecida de tudo.
Mas palavras não conseguem traduzir certos sentimentos. Palavras não conseguem explicar o que nós não conseguimos entender sobre nós mesmos.  Minha procura, por palavras que possam clarear o que passa em meu coração, em minha mente, em mim, não parece ter resultado. E parece não cessar. Fico martelando teclas a toa. Buscando letras em vão. Tentando entender o que não se entende.
Fico vendo minhas lágrimas caindo, junto com as gotas de uma chuva insistente, que bate na minha janela. Não consigo sequer saber se choro por mim, ou por um outro alguém. Minha única certeza, é uma certeza antiga. Minha única busca, não vem de agora. Sei apenas, que preciso dar um basta nisso, nessa ausência de palavras. Nessa falta de sentido e sobra de sentimentos. Preciso mudar o rumo das coisas. Preciso finalizar o que não tem fim. E continuo sem saber como, pois não encontro as palavras que me digam o que fazer.
Se eu as encontrasse, talvez achasse um caminho para não mais sofrer. Se eu as encontrasse, talvez eu soubesse que é possível reamar. Se eu as encontrasse, talvez eu acreditasse em começos, antes de fins.
Mas não. AS palavras não chegam. E cá estou. Sem saber o que dizer. Sem conseguir traduzir meus pensamentos e sentimentos. Dando voltas.
Como um cachorro que morde o próprio rabo.

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