Eu gosto de livros. Das capas, do cheiro, da sensação das páginas. E eu adoro ler os livros. Devorá-los quando sao bons, acompanhá-los, junto a outros, quando nao me ganham nas primeiras paginas. Adoro ter pilhas deles ao meu redor.
Cresci dentro de uma livraria. Nao no sentido figurado. Minha família trabalhava com livros, possuía o que para mim, era o maior tesouro do mundo: uma loja inteira recheada com livros. E eu, pequena, me escondia entre estantes, prateleiras, caixas... Todas lotadas com preciosas e coloridas capas. Papel, que vivia grudado na minha mão, cheirava a perfume, tanto que eu gostava. Palavras, que eu narrava sem nexo, crivam vida, j´q eu tantas vezes nem as entendia. Letras, páginas, um paraíso para uma criança que aos 4 anos ja lia sozinha os livros que tinha ouvido antes de dormir, e que se alfabetizou com a cartilha da Mônica, antes de todos os colegas.
O mais engraçado de tudo isso? Minha maior loucura nos livros sempre foi aquilo que eu menos entendia neles: seus títulos. Desde sempre me lembro de tentar interpretar o que eles tentavam dizer. Nao era a capa colorida que me atraia, mas o nome.
A pequena que corria entre os livros, podia ter qualquer mania... Escolheu a única que nao conseguia entender. Os títulos.
Criança que eu era, podia ter todos os livros para minha faixa etária. MAs esses tinham nomes tão óbvios para mim. Tão auto-explicativos.Já aqueles que eu nao podia ler... Ah, os livros mais adultos. Estes, eram, por lógico, os que me atraiam, causavam uma curiosida aguçada: o livro proibido.
Dona Flor e seus dois maridos, A Herdeira, Cem Anos de Solidão, A Hora da Estrela, O Nome da Rosa, Cães da Provincia, o Tempo e o Vento, A Faca de Dois Gumes... A curiosidade me consumia!
E até hoje.
Se um viajante numa noite escura, de Ítalo Calvino. O livro que escolhi pelo título. Título dos que mais adoro em muito tempo.
A Famosa Invasão dos Ursos da Sicília, livro infantil que carrego comigo até hoje.Enfeita minha sala de estar... Pelo título, é claro.
Assim foi meu desenvolvimento literário. Nem os grandes nomes da literatura escaparam da minha seleção, pela ordem de títulos, não de grandiosidade de obras. Pequena prepotencia, de quem tudo podia escolher...
Aprendi que muitos títulos eram um resumo da obra. Outros, uma atracão a ela. E até hoje, fico horas olhando uma vitrine de livraria. Horas namorando o que esta ali. Flertando descaradamente com aqueles títulos.
Sabe o que? Adoro.
E entre tantas taras e vícios que vejo por aí... Gosto desse meu. Que continue sendo meu vicio, um bom título de livro! De preferencia desfrutado com um cálice de vinho, ao final do dia. Pois aquilo que nutre a alma, nao precisa ser questionado. Apenas, muito bem aproveitado.
A pimenta é um condimento de sabor picante que pode lembrar o cravo, a canela e a noz-moscada. Utilizada nos alimentos para produzir sensações “quentes”, estimula a produção de endorfina no cérebro, aumentando a sensação de bem estar... Que tipo de pimenta é você?
quarta-feira, junho 06, 2012
terça-feira, junho 05, 2012
Se eu puder só por uns dias, te carregar num potinho...
Te ter só pra mim, sempre comigo, sempre ao meu lado.
Saber que onde eu estiver, estás; onde estiveres, estou,
Te ter a qualquer momento, definir teus passos.
Ainda assim, prefiro a incerteza do hoje,
Prefiro a ausência de horários, o nada saber.
Prefiro não te ter comigo,
Ao risco de perder o que mais amo em ti,
aquilo que tens de mais bonito:
Teu gosto pela liberdade.
quero que você me leve...
Bastou eu me distrair um pouquinho e lá esta ela de novo, me
apresentando as coisas de uma maneira diferente.
Mas a a vida, que adora me pregar surpresas, resolveu me mostrar que ela é muito mais rápida e decidida do que eu. Deu os giros dela ao meu redor, ocasionou encontros (ou seriam desencontros?) e colocou os trilhos de um trem cheio de pólvora no lugar mais perigoso que eu conheço: ao meu lado.
Aconteceu, antes de eu realizar o que era. Aconteceu.... E foi bom, foi intenso, foi surpreendente. Na verdade, foi como o inesperado, que bate a porta, apenas para dar um sorriso, deixando uma sensação de encanto. Foi a vida, mostrando que está cheia de alegria para ser vivida.
Sim, por que a vida é meio brincalhona com a gente não é
mesmo? A gente acredita que manda em tudo... faz escolhas, decide as coisas. A
gente adora dizer: “tá tudo dominado!”. Mas, sabe o que? Ela, a vida, está
sempre ali, só pensando no momento exato em que vai dar aquela empurradinha na
gente pra mostrar que com ela, a prepotência não funciona muito bem. A gente
não decide tudo. No máximo, escolhe entre as opções que ela nos apresenta!
E então, foi assim que aconteceu comigo. De novo. Eu estava
lá, cheia de problemas. Confusa, perdida. Sem saber muito bem o que pensar de
tantas coisas que aconteciam. Acho ate que estava precisando de colo...
Acreditando que o melhor que tinha a fazer era ficar escondida em mim mesma. Procurar
o meu silêncio, já que ele me entende melhor que muito barulho.Mas a a vida, que adora me pregar surpresas, resolveu me mostrar que ela é muito mais rápida e decidida do que eu. Deu os giros dela ao meu redor, ocasionou encontros (ou seriam desencontros?) e colocou os trilhos de um trem cheio de pólvora no lugar mais perigoso que eu conheço: ao meu lado.
Aconteceu, antes de eu realizar o que era. Aconteceu.... E foi bom, foi intenso, foi surpreendente. Na verdade, foi como o inesperado, que bate a porta, apenas para dar um sorriso, deixando uma sensação de encanto. Foi a vida, mostrando que está cheia de alegria para ser vivida.
E agora, hoje, eu estou aqui... sem saber se fico, ou se
corro. Sem saber se abraço, ou se morro. Sem saber se me entrego pra essa vida
tão louca e surpreendente, ou se encaro meus medos todos... um a um, sentada na
janela. Vendo ela, essa minha amiga vida, passar...
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