Ela olhava o mar.
Sentia a brisa, como se fossem mãos, tocando seu corpo. O pensamento voava para longe. Nao demostrava uma ideia exata do que queria fazer, ou dizer.
Ela olhava o mar.
Sentia aquele cheiro, familiar e estranho ao mesmo tempo. Nao parecia mais pertencer ali. Estava tao perdida que tudo ao seu redor era alheio a ela mesma.
Ela olhava o mar.
Sentia o sol queimando sua pele, como se fosse o fogo quente do inferno. Nao demonstrava mais animação ou tristeza. Parecia apenas esperar o inevitável.
Ela olhava o mar.
Sentia o tempo passar com o tique-taque do relógio. E sabia, que cedo ou tarde, precisaria encarar as consequências de todas as escolhas erradas que fez. E por isso, só por isso, nao conseguia dar um passo em nenhuma direção.
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