quarta-feira, agosto 28, 2013

caminhando sozinha

Quando eu virei a esquina, e deixaste de me ver?
Tenho certeza de que caminhava vagarosamente, pois eu ainda te via.
Ainda te vejo, na verdade.
Sinto teu cheiro, ouço tua voz. 
Vejo o encanto dos teus olhos ao longe, iluminados  com a luz do sol.

Quando eu virei a esquina, e deixaste de me ver?
Tenho certeza de que meus passos eram lentos, pois eu ainda te acompanhava.
Ainda te acompanho, na verdade.
E vejo teu desencanto, teu medo.
Sinto tua ansiedade, percebo tua tensão.
Escuto tuas historias de menino, espalhadas pelos pássaros   .

Quando eu virei a esquina, e deixaste de me ver?
Tenho certeza de que andava a passos pequeninos, pois ainda seguia ao teu lado.
Ainda vou ao teu lado, na verdade.
Sinto teus desejos, percebo tua ausência.
Entendo tuas angustias de homem, esparramadas pelo mundo com o vento

Sera que caminhava ao teu lado, sem ser ao menos bem vinda?
Larguei o caminho seguro. Ignorei avisos de pare. 
Joguei palavras pesadas como pedras. Permiti que derrubassem muros.
Deixei de pensar no possível. Pensei no que eu mais desejava.
Virei a esquina sozinha. Ficaste ali... eu segui.


- Sim, eu sempre fui melhor com palavras escritas do que com palavras ditas. Sei la, provavelmente isso teve incio na infância, com a minha timidez. Enquanto as outras crianças brincavam eu preferia ficar lendo, construindo castelos de palavras que me abrigavam dos medos do mundo.
- Timidez sim, você ouviu a palavra certa. Eu sei que não combina comigo, mas essa pessoa segura sou eu hoje, uma muralha construída. A criança que deu origem a ela não era assim. Era tímida, muito tímida. E se escondia em um mundo de livros.

Bandaid, por favor

Você acha que encontrou alguém incrível. Diferenciado. Maduro. Aberto. E essa pessoa é tudo isso, e ainda é espetacular com você. Você baix...